(Marcello Casal/Agência Brasil)
Jornalista freelancer
Publicado em 17 de maio de 2024 às 10h51.
Última atualização em 17 de maio de 2024 às 10h53.
Desde a criação do FIES, foram mais de 3 milhões de estudantes que tiveram a oportunidade de financiar os seus estudos por meio desta ferramenta do Governo Federal e ingressar no ensino superior.
Seja pelo FIES ou pelo FIES Social, para fazer parte do programa, é preciso seguir algumas regras e se encaixar em determinados grupos da sociedade. Neste artigo, você entenderá melhor o que é e como funciona o FIES, além de informações sobre cadastro na plataforma e etapas de inscrição.
O FIES, na tradução livre, significa Fundo de Financiamento Estudantil. A iniciativa foi criada em 1999, e tem como objetivo financiar o estudo no ensino superior de brasileiros em faculdades particulares.
O intuito do FIES é dar oportunidade de estudos a alunos de baixa renda para que eles completem o ensino superior e tenham juros e condições de pagamento simplificados.
A grande diferença entre o FIES e o P-FIES está no modelo de financiamento e nas condições. Enquanto o FIES é um financiamento estudantil público, que tem a Caixa Econômica Federal como banco intermediador do financiamento, o P-FIES é um serviço privado.
No P-FIES, o futuro aluno pode conseguir o seu financiamento estudantil sem, necessariamente, ter uma pontuação mínima nas provas do ENEM e sem que a família também tenha uma renda mínima ou máxima de salários mínimos por mês.
Em contrapartida, o financiamento é realizado por meio de instituições financeiras privadas, e o aluno fica sujeito às negociações, pagamentos e juros estipulados por essa instituição.
Pode participar do FIES todo aquele cidadão que tenha feito o ENEM a partir do ano de 2010 e tenha tido uma pontuação mínima na prova. Portanto, se a média aritmética for igual ou superior a 450 pontos, mesmo que tenha zerado a redação, já é possível fazer parte do financiamento estudantil.
Além disso, também é preciso ter uma renda familiar mensal bruta de até três salários mínimos por pessoa e não é permitido a inscrição de futuros alunos que tenham renda menor que um salário mínimo.
O FIES social é uma iniciativa dentro do próprio FIES para beneficiar uma parcela exclusiva da população, que não tenha condições de, necessariamente, arcar com o pagamento do financiamento, mas desejam ingressar no sistema de ensino superior.
Desta forma, o governo se responsabiliza por 100% do financiamento do curso, sem a necessidade do futuro aluno comprometer a sua renda e a de sua família com os estudos.
Para fazer parte do FIES social, o aluno precisa atender às seguintes condições:
Para se cadastrar no FIES é bem fácil. Todas as inscrições são feitas online, por meio da sua conta GOV.br. Preparamos um passo a passo para te mostrar:
Depois de seguir esse passo a passo, você já estará cadastrado na plataforma do FIES e poderá acessar as possibilidades dentro do programa. Todo o processo vai depender da data de inscrição, visto que o FIES faz a pré-seleção dos candidatos, a classificação e também disponibiliza lista de espera.
Por isso, é importante acompanhar o calendário de divulgação do programa, que pode ser acessado na mesma plataforma que você realizou o login.
O FIES e o ProUni são programas com intuitos diferentes dentro do Governo Federal. Enquanto o FIES é um modelo de financiamento estudantil, que o participante fica responsável pelo pagamento da faculdade que ingressou, o ProUni oferta bolsas de estudos.
Para além do critério de nota no ENEM, para fazer parte do ProUni, outros critérios são avaliados, como o estudo na rede pública de ensino, além de abranger grupos PCD. As bolsas variam entre parciais e totais e, só no primeiro semestre de 2024, o programa chegou a 1 milhão de inscrições.