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Governo será radical se ajuste não for aprovado, diz Temer

Segundo o vice-presidente, o governo deverá promover um contingenciamento mais "radical" se não conseguir aprovar MPs do ajuste fiscal no Congresso


	Michel Temer: "se não houver o ajuste, o contingenciamento será muito radical. Se houver o ajuste, o contingenciamento será muito menor"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: "se não houver o ajuste, o contingenciamento será muito radical. Se houver o ajuste, o contingenciamento será muito menor" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2015 às 20h11.

Brasília - O Executivo deverá promover um contingenciamento mais "radical" se não conseguir aprovar as medidas provisórias do ajuste fiscal no Congresso Nacional, disse nesta segunda-feira o vice-presidente da República Michel Temer.

Temer, que também cuida da articulação política do governo, vem se reunido com integrantes da base aliada e afirmou já ter pedido a diversos ministros que conversem com parlamentares de seus partidos para garantir a aprovação das duas medidas.

"Se não houver o ajuste, o contingenciamento será muito radical. Se houver o ajuste, o contingenciamento será muito menor", disse o vice-presidente a jornalistas, pouco antes de se reunir com lideranças de partidos da base.

"Estou fazendo reuniões com os partidos da base aliada... todos sabemos como é importante, para empresários, para trabalhadores, que nós tenhamos esse ajuste", afirmou.

O Executivo editou no fim do ano passado duas medidas provisórias para ajudar a equilibrar as contas públicas.

A MP 664, que altera as regras de acesso a benefícios previdenciários e pode ser votada em comissão mista na terça-feira, e a MP 665, que restringe o acesso a benefícios trabalhistas, e que está pronta para ser votada pelo plenário da Câmara dos Deputados.

As MPs enfrentam resistências no Congresso, mesmo entre parlamentares da base, e têm recebido críticas de centrais sindicais, pois alegam que mexem em benefícios dos trabalhadores.

UNIDADE

Temer aproveitou para fazer um apelo pela unidade dos partidos da base governista, pedindo diretamente ao PT que vote a favor das medidas.

"Estou até sugerindo para o PT, porque o PT tem entrosamento com os trabalhadores, com as centrais, para que o PT por inteiro se dedique a esta aprovação, assim como os demais partidos da base aliada", declarou.

"De vez em quando ouço dizer que há uma ou outra divergência, em um ou outro partido, acho que não é possível fazer isto num momento em que o Brasil precisa do ajuste econômico."

Segundo o líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (AC), haverá uma reunião da bancada na terça-feira para que o partido feche posição em relação às medidas. Para o líder, os petistas votarão unidos.

"Acho que os principais pontos de dúvida já foram tirados e se houver mais algum, nós temos amanhã ainda um tempo para corrigir isso", disse a jornalistas ao chegar para uma reunião com Temer.

*Texto atualizado às 20h11

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