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Elevado Costa e Silva pode virar só "Minhocão"

O nome do viaduto faz referência a Arthur da Costa e Silva, que foi presidente de 1967 a 1969, durante o regime militar, e editou o Ato Institucional 5 (AI-5)

Minhocão, em São Paulo (Eduardo Albarello/Veja/VEJA)
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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 11h01.

Última atualização em 11 de outubro de 2016 às 11h43.

São Paulo - A extinção do Elevado Costa e Silva pode começar pelo nome. Aproveitando os 49 anos do golpe militar que derrubou o presidente João Goulart (1961-1964), o vereador Nabil Bonduki (PT) apresentou na segunda-feira (01) projeto de lei para renomear o viaduto para Minhocão.

A demolição da via elevada foi proposta pelo prefeito Gilberto Kassab (2006-2011).

Arthur da Costa e Silva foi o presidente de 1967 a 1969, durante o regime militar. Foi quem editou o Ato Institucional 5 (AI-5) em 1968. Maluf inaugurou o elevado em 1971.

Outros projetos tentaram alterar o nome do elevado, mas não foram aprovados: um de 2008, da então vereadora do PT Soninha Francine e outro de 2010, do atual secretário municipal do Trabalho Eliseu Gabriel (PSB).

Bonduki também vai propor alterações na legislação municipal para facilitar a mudança de denominação de vias públicas que façam menção a pessoas ligadas à violação de direitos humanos.

Hoje, só é possível trocar o nome de ruas e avenidas se os termos expuserem a comunidade ao ridículo ou se duas localidades tiverem a mesma denominação.

A Ponte Imigrante Nordestino, na Marginal do Tietê, levava até o ano passado o nome do general Milton Tavares de Souza, que foi diretor do Centro de Inteligência do Exército (CIE) e suspeito de envolvimento direto com ações de tortura.

Na Vila Leopoldina, uma travessa tem o nome de Sérgio Paranhos Fleury, que chefiou o Departamento de Ordem Política e Social (Dops). Um trecho da Marginal do Tietê é chamado de Castelo Branco, o primeiro presidente do regime militar.

O general Golbery do Couto e Silva, um dos ideólogos do regime, é homenageado em uma avenida no Grajaú. Uma praça no Itaim-Bibi leva o nome do almirante Augusto Rademaker, um dos oficiais da junta militar que governou o País em 1969.

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Arthur da Costa e Silva foi o presidente de 1967 a 1969, durante o regime militar. Foi quem editou o Ato Institucional 5 (AI-5) em 1968. Maluf inaugurou o elevado em 1971.

Outros projetos tentaram alterar o nome do elevado, mas não foram aprovados: um de 2008, da então vereadora do PT Soninha Francine e outro de 2010, do atual secretário municipal do Trabalho Eliseu Gabriel (PSB).

Bonduki também vai propor alterações na legislação municipal para facilitar a mudança de denominação de vias públicas que façam menção a pessoas ligadas à violação de direitos humanos.

Hoje, só é possível trocar o nome de ruas e avenidas se os termos expuserem a comunidade ao ridículo ou se duas localidades tiverem a mesma denominação.

A Ponte Imigrante Nordestino, na Marginal do Tietê, levava até o ano passado o nome do general Milton Tavares de Souza, que foi diretor do Centro de Inteligência do Exército (CIE) e suspeito de envolvimento direto com ações de tortura.

Na Vila Leopoldina, uma travessa tem o nome de Sérgio Paranhos Fleury, que chefiou o Departamento de Ordem Política e Social (Dops). Um trecho da Marginal do Tietê é chamado de Castelo Branco, o primeiro presidente do regime militar.

O general Golbery do Couto e Silva, um dos ideólogos do regime, é homenageado em uma avenida no Grajaú. Uma praça no Itaim-Bibi leva o nome do almirante Augusto Rademaker, um dos oficiais da junta militar que governou o País em 1969.

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