Brasil

Eleição com emoção em São Paulo: afinal, quem vai para o segundo turno?

Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB) crescem nas intenções de voto e lutam por uma vaga no segundo turno; cenário é instável

Haddad, Garcia e Tarcísio: segundo lugar embolado (Renato Pizzutto/Band/Divulgação)

Haddad, Garcia e Tarcísio: segundo lugar embolado (Renato Pizzutto/Band/Divulgação)

CA

Carla Aranha

Publicado em 30 de setembro de 2022 às 15h30.

Última atualização em 30 de setembro de 2022 às 15h34.

Na reta final, a corrida eleitoral segue com emoção em São Paulo. “Permanece a dúvida de quem vai para o segundo turno, os paulistas vão descobrir mesmo no domingo”, diz Maurício Moura, fundador do IDEIA, instituto especializado em opinião pública, e professor na Universidade George ­Washington, nos Estados Unidos.

Nos últimos meses, não foram poucas as mudanças no cenário do maior colégio eleitoral do país, com 34,6 milhões de eleitores aptos a votar. De lanterninha, com 10% das intenções de voto no final de agosto, segundo pesquisa EXAME/IDEIA, Rodrigo Garcia (PSDB) cresceu nas sondagens e passou a ser considerado um dos favoritos para comandar o Palácio dos Bandeirantes. O candidato agora aparece em segundo lugar nas intenções de voto, tecnicamente empatado com Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 20% dos votos válidos — os dados são da sondagem Genial/Qaest divulgada no início desta semana.

Receba as notícias mais relevantes do Brasil e do mundo toda manhã no seu e-mail. Cadastre-se na newsletter gratuita EXAME Desperta.

Caso vá para o segundo turno, o candidato tucano leva vantagem sobre os oponentes, de acordo com a pesquisa Genial/Qaest. No caso de uma disputa com Tarcísio, Garcia teria 40% dos votos válidos, diante de 31% de seu concorrente. Contra Fernando Haddad (PT), ganharia por uma margem semelhante. Caso Tarcísio e Haddad cheguem à reta final das eleições, a disputa seria voto a voto: as projeções apontam que 42% dos eleitores escolheriam o candidato petista, diante de 39% que votariam no ex-ministro da Infraestrutura.

Nos bastidores da política paulista, Garcia era tido como um dos favoritos desde o início da campanha eleitoral. Dois fatores contariam a seu favor: a máquina pública e uma estratégia de proximidade com as prefeituras cultivada pelo menos desde 2015, quando se tornou secretário de Habitação durante a gestão do ex-governador (e atual vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva) Geraldo Alckmin.

Ao mesmo tempo, Tarcísio vem crescendo nas pesquisas. A sondagem Datafolha divulgada nesta quinta, dia 29, aponta que o ex-ministro tem 31% dos votos válidos, superado por Haddad (41%), mas na frente de Garcia (22%). “A disputa para o governo de São Paulo tem um componente especial”, diz o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest. “Dois candidatos, Tarcísio e Garcia, eram pouco conhecidos da população e com a campanha eleitoral foram se tornando nomes mais lembrados. É difícil prever o resultado no domingo”.

Veja também:

Leia tudo sobre as eleições 2022

     

    Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEleições 2022EXAME/IDEIAFernando HaddadRodrigo-GarciaTarcísio Gomes de Freitas

    Mais de Brasil

    Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

    Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

    Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

    CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso