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CNT: iniciativa privada ajudou a reduzir acidentes em ferrovias

Segundo o estudo, as concessões ajudaram na redução de 76,7% do índice de acidentes a cada milhão de quilômetros percorridos

O setor privado investiu 18,5 vezes mais do que o público no transporte ferroviário, afirma a pesquisa (Agência Vale/Divulgação)

O setor privado investiu 18,5 vezes mais do que o público no transporte ferroviário, afirma a pesquisa (Agência Vale/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 11h23.

Brasília - A malha ferroviária brasileira registra uma extensão total de pouco mais de 30 mil quilômetros (km). Ao todo são 12 trechos concedidos, sendo 11 à iniciativa privada (28,6 mil km) e um à empresa pública. De acordo com a Pesquisa CNT de Ferrovias 2011, divulgada hoje (15) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), há grande avanço nesse tipo de transporte, em termos de crescimento nos investimentos privados, produção, movimentação de cargas transportadas e queda do índice de acidentes.

As concessões ajudaram na redução de 76,7% do índice de acidentes a cada milhão de quilômetros percorridos, caindo de uma média de 75,5 casos, em 1997, para 16,1, em 2010. Segundo o estudo, o setor privado investiu 18,5 vezes mais do que o público no transporte ferroviário. Entre 1997 e 2010, as concessionárias investiram R$ 24 bilhões, e apenas R$ 1,3 bilhão são recursos aplicados pela União.

Para a CNT, o valor destinado deveria ser superior a R$ 151 bilhões, a serem obtidos, também, por meio do aumento da capacidade dos investimentos públicos, visando à ampliação da densidade da malha e à implantação dos projetos ferroviários. De acordo com o presidente da Agência Nacional de Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça, o ideal seria dividir meio a meio os investimentos públicos e privados. “Mas em tempos de crise o setor privado tem condições de arcar com até 70%”, destacou.

O levantamento aponta que a quantidade de carga transportada pelo modal ferroviário aumentou, entre 2006 e 2010, de 404,2 milhões para 470,1 milhões de toneladas úteis.

A produtividade de transporte cresceu 19,9%, passando de 232,2 bilhões de toneladas por quilômetro útil, em 2006, para 278,4 bilhões, em 2010. Já no período entre 1997 e 2010, a produtividade aumentou 103%.

A movimentação total de produtos nas estradas de ferro brasileiras registrou um aumento de 85,6% entre 1997 e 2010. Durante o mesmo período, a movimentação de carga geral cresceu 86,1%.

O minério de ferro é o principal produto movimentado, responsável por 71% do que foi transportado em ferrovias em 2010. Produtos agrícolas como soja, farelo de soja, açúcar, milho e carvão mineral também estão entre os principais itens levados por esse meio de transporte.

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