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Camilo Santana assume Educação e trata alfabetização como 'prioridade absoluta'

Ex-governador do Ceará criticou governo Bolsonaro por e disse que 650 mil crianças de até 5 anos abandonaram a escola nos últimos três anos

Lula e Camilo Santana: ex-governador faz primeiro discurso como ministro da Educação (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Lula e Camilo Santana: ex-governador faz primeiro discurso como ministro da Educação (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

AO

Agência O Globo

Publicado em 2 de janeiro de 2023 às 13h56.

Em seu primeiro discurso como ministro da Educação, Camilo Santana (PT) afirmou que a “prioridade absoluta” da gestão é garantir a alfabetização de todas as crianças na idade certa. Ele criticou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por “desprezar” e “esquecer” a educação nos momentos “mais difíceis da história”, em referência à pandemia de Covid-19. Santa citou ainda outros pontos que considera prioritários, como a recuperação da qualidade das merendas escolares.

Segundo o ministro, 650 mil crianças de até 5 anos abandonaram a escola nos últimos três anos e, segundo ele, aumentou em 66% o número de alunos de 6 e 7 anos que não aprenderam a ler e escrever. A garantia da alfabetização na idade certa foi um dos compromissos assumidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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— O que é mais valioso para qualquer nação se desenvolver, que é valorizar a educação de seu povo, foi tratado como sub-produto, trazendo prejuízos imensuráveis a milhões de crianças e jovens deste país. E o mais grave foi isso ter ocorrido em um dos momentos mais difíceis da história, durante a pandemia. Quando mais a educação precisou do apoio do governo federal, mais foi desprezada e esquecida

Camilo Santana disse que já começou a tomar providências no ministério, entre elas encomendou um levantamento com todas as obras de creche e escolas que estão paralisadas. Afirmou ainda que fará um plano para recuperar a “qualidade da merenda escolar” e a “a credibilidade do ENEM”, além de medidas para a “retomada do FIES e Prouni".

Camilo Santana afirmou que é preciso aumentar o número de escolas com ensino integral e considerou esse modelo de aprendizado como “uma das mais importantes políticas de prevenção social”.

— Essa deve ser uma política nacional. Queremos não apenas uma escola com mais tempo para o aluno, mas também criativa, atrativa, que desperte as habilidades dos nossos alunos e os prepare para as oportunidades da vida. Tudo isso ajudará a reduzir a evasão escolar, que foi agravada tanto pela pandemia quanto por esse governo desastroso na condução da educação do nosso país.

Outro compromisso citado com prioritário é a ampliação do acesso dos alunos e professores à tecnologia e conectividade. Camilo Santana afirmou ainda que é preciso fortalecer o orçamento das Universidades Federais, “sucateadas no último governo”.

— Precisamos fortalecer o ensino superior, tão mal tratado nos últimos anos nesse país. Para isso, pretendemos reforçar o orçamento das nossas universidades, que foram sucateados no último governo por uma visão equivocada, distorcida, de viés ideológico. A universidade precisa ser espaço democrático, livre, que estimule a criatividade, liberdade de expressão e um olhar de mundo mais solidário e humano.

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