Redação Exame
Publicado em 9 de maio de 2024 às 09h05.
Antes da Meta, empresa dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, se afastar de quase todas as suas relações com a indústria de notícias, Mark Zuckerberg considerou ficar mais envolvido com ela do que nunca.
De acordo com o Business Insider, entre 2017 e 2018, o fundador e CEO do Facebook, considerou seriamente comprar um meio de comunicação. Seu foco acabou se voltando para a Associated Press, o famoso serviço de agência de notícias.
Como a AP é uma cooperativa de notícias, uma aquisição definitiva teria sido impossível. Por isso, a ideia pensada foi algo como um subsídio permanente à agência. Zuckerberg poderia fazer isso como indivíduo, como Jeff Bezos fez com o The Washington Post, ou por meio de sua filantropia, a Iniciativa Chan Zuckerberg.Na época, o Facebook ainda estava se recuperando da enxurrada de críticas que recebeu por seu papel durante as eleições presidenciais dos EUA em 2016, que levou Donald Trump a se tornar presidente.
As negociações internas sobre subsidiar permanentemente a AP, que o Facebook gostaria de acessar e usar diretamente como um fluxo constante de notícias confiáveis e de alta qualidade para suas plataformas, eram sérias, disseram duas pessoas conhecidas ao Business Insider. A equipe de fusões e aquisições da empresa se envolveu para explicar como isso poderia acontecer. No final das contas, a ideia foi abandonada por medo de que tal acordo atraísse um escrutínio regulatório indesejado.
Nessa época, Zuckerberg considerou outra opção para o Facebook iniciar uma organização de notícias. A empresa iria contratar grandes talentos jornalísticos, atraindo profissionais experientes e com grandes salários para produzir conteúdo noticioso original. Essa ideia também foi abandonada, principalmente devido a preocupações com a reação do público e a confiança no Facebook na época.
Uma porta-voz da AP disse ao Business Insider: “Se houve negociações, elas não envolveram a AP”.