Bill McDermott: CEO da ServiceNow (picture alliance/Getty Images)
Redator
Publicado em 15 de dezembro de 2025 às 14h18.
A ServiceNow, gigante de software baseada em Santa Clara, na Califórnia, está em negociações avançadas para adquirir a startup de cibersegurança Armis por um valor que pode alcançar até US$ 7 bilhões, representando a maior aquisição de sua história. A compra, segundo a Bloomberg, pode ser anunciada nos próximos dias – embora ainda haja a possibilidade de surgirem outros potenciais compradores ou de a negociação não ser concretizada.
Fundada por veteranos de inteligência cibernética militar israelense, a Armis é especializada na identificação e rastreamento de ameaças em dispositivos conectados, atendendo a setores como saúde, finanças e defesa.
Em agosto deste ano, o CEO Yevgeny Dibrov anunciou que a empresa havia alcançado US$ 300 milhões em receita recorrente anual, um aumento significativo em relação aos US$ 200 milhões registrados no ano anterior. Naquele momento, a startup também afirmou estar de olho em uma possível abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) em 2026.
Com a aquisição, a ServiceNow, cujo software ajuda outras empresas a organizarem e automatizarem fluxos de trabalho, busca reforçar sua posição no segmento de cibersegurança. Além disso, assim como gigantes do porte de Salesforce e Microsoft, a empresa também está investindo na integração de inteligência artificial generativa aos seus produtos.
Em março deste ano, a ServiceNow adquiriu a Moveworks, especializada em IA para automação de tarefas empresariais, por US$ 2,85 bilhões.
A compra da Armis colocaria a ServiceNow ao lado de outros grandes players, como a Alphabet, empresa-mãe do Google, e a Palo Alto Networks, que também fizeram aquisições bilionárias de empresas de cibersegurança em 2025. Enquanto a Alphabet comprou a Wiz por US$ 32 bilhões em março, a Palo Alto adquiriu a CyberArk por US$ 25 bilhões em julho.
Até o momento, a ServiceNow não comentou oficialmente sobre as negociações. A Armis, por sua vez, não respondeu aos pedidos de comentários feitos pela Bloomberg.