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Rede social brasileira cresce pagando a autores de posts

A rede social Teckler, que divide sua receita publicitária com os autores de posts, afirma que já recebe 5 milhões de visitantes por mês


	Teclado: o Teckler paga, a quem publica conteúdo, 70% do valor arrecadado com publicidade
 (Stock.Xchange)

Teclado: o Teckler paga, a quem publica conteúdo, 70% do valor arrecadado com publicidade (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 13h57.

São Paulo -- Para quem gosta de compartilhar ideias na web, a rede social Teckler oferece a possibilidade de ganhar algum dinheiro com isso.

Criado pelo brasileiro Claudio Gandelman, o Teckler já hospeda 200 mil posts e recebe, segundo ele, 5 milhões de visitantes únicos por mês. É um número impressionante considerando-se que o site foi inaugurado há apenas seis meses.

Gandelman criou o Teckler depois de dirigir, por cinco anos, o site de namoro Match.com na América Latina. Com a experiência adquirida lá, ele pensou em escrever um livro sobre relacionamentos afetivos. Acabou desistindo diante das complicações do mercado editorial.

“Também pensei em criar um blog. Mas manter um blog é trabalhoso. Resolvi, então, construir uma plataforma onde as pessoas pudessem compartilhar ideias de forma simples e ser remuneradas por isso”, disse ele a EXAME.com.

O site paga, aos autores que publicam conteúdo nele, 70% da receita publicitária obtida. Cada um recebe proporcionalmente à audiência de seus posts. O pagamento é feito via PayPay. “Ninguém vai ficar rico com isso. Mas temos usuários que conseguiram acumular mais de 500 dólares em remuneração”, diz Gandelman.

O Teckler é mantido por uma equipe de dez pessoas que ficam no bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro. Inaugurado em maio, o site ainda carrega a etiqueta “beta”, que indica que está em construção. “Na primeira semana, metade do conteúdo publicado era pornografia. Tivemos de criar um software robô para filtrar os posts e eliminar os pornográficos”, diz Gandelman.


O Teckler reúne fotos, textos e alguns trechos de áudio e vídeo. Entre esses posts, há memes, artigos, links para outros sites e muitos textos pirateados. Um botão permite denunciar conteúdo sexual ou violento. Mas não há, ainda, a opção de denunciar violações de copyright. Outro problema é que não há uma forma de o usuário eliminar sua conta no site se desejar.

“Nossa intenção era ter conteúdo de qualidade. Mas fomos surpreendidos por uma quantidade inesperada de memes e posts que trazem apenas links para outros sites”, diz Gandelman. “Ainda estamos estudando como lidar com isso. É nosso maior desafio.”

O site oferece apenas o básico em ferramentas e design. Os posts são agrupados em tópicos. Quem entra na página inicial pode selecionar quais tópicos deseja ver. Nas páginas pessoais, as publicações são dispostas numa grade, em ordem cronológica. 

Gandelman diz que 53% da audiência vêm de redes sociais. Buscas no Google também são uma fonte importante de visitas. “Diferentemente de redes como o Facebook, temos conteúdo de vida longa, que atrai visitantes durante bastante tempo”, afirma.

O Teckler foi lançado simultaneamente em 13 idiomas. Segundo o site Alexa, 42% dos visitantes vêm do Brasil. Outros países onde a audiência é maior são Índia (12% dos visitantes), Estados Unidos (11%), México (8%) e Espanha (2,5%). 

O Teckler tem um app para iPhone e planeja lançar outro para Android no início de 2014. Gandelman busca, agora, atrair empresas para o site. “Há uma oportunidade para elas. Uma fabricante de alimentos, por exemplo, pode publicar receitas culinárias com links para a compra dos ingredientes”, diz.

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