Tecnologia

O homem mais rico da Ásia anuncia planos para robôs humanoides em 2025

Addverb Technologies, com apoio da Reliance Group, busca competir com robôs dos EUA e da China em setores como varejo e defesa.

Humanoide em desenvolvimento pela Addverb, representando a nova aposta da Índia na robótica global. (Addverb/Reprodução)

Humanoide em desenvolvimento pela Addverb, representando a nova aposta da Índia na robótica global. (Addverb/Reprodução)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 18 de novembro de 2024 às 08h16.

Última atualização em 18 de novembro de 2024 às 08h58.

A Addverb Technologies, startup indiana controlada pela Reliance Group, liderada por Mukesh Ambani, homem mais rico da Ásia, anunciou planos para lançar seus primeiros robôs humanoides em 2025. Conhecida por suas soluções em automação industrial, a empresa agora entra no mercado de humanoides para competir globalmente com empresas dos EUA e da China. O cofundador e CEO, Sangeet Kumar, destacou que os robôs poderão desempenhar tarefas em setores como moda, energia e varejo, embora ainda não tenha revelado detalhes específicos sobre suas aplicações ou preços.

De acordo com informações da Bloomberg, os humanoides serão fabricados na unidade da empresa em Noida, próximo a Delhi, na Índia, com uma produção inicial de 100 unidades no primeiro ano. A Addverb busca se estabelecer em um mercado promissor impulsionado por avanços em hardware e inteligência artificial, mirando mercados como Estados Unidos e Europa.

Mukesh Ambani se junta a nomes como Elon Musk e Jeff Bezos, que apostam no potencial de humanoides para realizar tarefas hoje executadas por humanos. Musk prevê que, até 2040, 10 bilhões de humanoides estarão em uso, com preços variando entre US$20 mil e US$25 mil (R$113.800 a R$142.250).

Estratégia global e recursos locais

A Addverb está aproveitando os recursos da Reliance, como as tecnologias de inteligência artificial e conectividade 5G da Jio Platforms, para desenvolver seus humanoides. Segundo Kumar, o objetivo é oferecer produtos competitivos a preços que desafiem os subsidiados pela China. A empresa também colabora com fornecedores globais, como Nvidia, Qualcomm e Intel, para incorporar as mais recentes inovações tecnológicas em seus robôs.

Os humanoides da Addverb devem iniciar operações em setores como cuidados para idosos e defesa nos próximos três a cinco anos. A empresa também planeja expandir para robôs militares, incluindo quadrúpedes para as forças armadas indianas e testes com o exército dos EUA. Além disso, está em discussões iniciais com a agência espacial indiana para levar um humanoide a Marte.

Apoio e crescimento

Com 56% de participação da Reliance Industries, a Addverb busca novos investidores para aumentar os investimentos no desenvolvimento e fabricação de humanoides. Avaliada em $260 milhões (R$1,48 bilhão) em 2022, a empresa prevê vendas de $100 milhões (R$569 milhões) até março de 2025, com dois terços da receita vinda de clientes internacionais. Entre seus principais clientes estão a Maersk, MercadoLibre e UPS.Além de suas ambições no mercado militar e espacial, a Addverb pretende se destacar ao eliminar tarefas consideradas perigosas ou repetitivas por meio da automação. A empresa apresentou seus planos a executivos selecionados em Mumbai no mês passado, durante a visita do CEO da Nvidia, Jensen Huang.

“Nosso objetivo com os humanoides é eliminar trabalhos entediantes, sujos e perigosos”, afirmou Kumar, em entrevista para a Bloomberg, destacando a meta da empresa de se consolidar como líder no mercado global de robótica.

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