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Facebook, Instagram e WhatsApp banem contas e conteúdos ligados ao Talibã

Empresa de Mark Zuckerberg afirma ter formado uma equipe de especialistas para remover qualquer conta mantida por ou em nome do Talibã, além de apoio ou elogios ao grupo

Mulheres afegãs usam celular para tirar fotos de uma reunião contra as alegadas violações dos direitos humanos contra as mulheres pelo regime do Talibã no Afeganistão, em 2 de agosto de 2021 (SAJJAD HUSSAIN/AFP/Getty Images)
LP

Laura Pancini

Publicado em 17 de agosto de 2021 às 10h35.

Última atualização em 17 de agosto de 2021 às 14h51.

Após o grupo fundamentalista islâmico Talibã retomar o poder no Afeganistão depois de 20 anos, o Facebook anunciou que segue identificando e excluindo qualquer conteúdo favorável ao grupo—o que vale também para o Instagram e WhatsApp , plataformas que fazem parte da empresa.

A rede social afirmou ter criado uma equipe de especialistas afegãos para monitorar o conteúdo.

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A equipe é composta de "falantes nativos de dari e pashto", línguas mais comuns da região, e "têm conhecimento do contexto local, ajudando a identificar e alertar sobre questões emergentes na plataforma".

Como os Estados Unidos consideram o Talibã uma organização terrorista, o Facebook afirma estar seguindo sua política de "Organizações Perigosas".

“O Talibã é reconhecido como uma organização terrorista pelas leis dos Estados Unidos e foi banido dos nossos serviços em razão das nossas políticas para Organizações Perigosas”, disse um porta-voz da empresa. "O Facebook não toma decisões sobre reconhecer governos em nenhum país em particular, mas respeita a autoridade da comunidade internacional nesta determinação"

Isso quer dizer que qualquer conta mantida por ou em nome do Talibã, apoio ou elogios ao movimento serão removidos das plataformas.

O jornal Washington Post noticiou que, antes de chegar a Cabul, capital do Afeganistão, o Talibã enviou mensagens pelo WhatsApp aos moradores, declarando que eram os responsáveis pela segurança do local.

Além disso, o Facebook já foi duramente criticado pela falta de monitoramento nas redes sociais, o que leva a proliferação de incitação e discurso de ódio, fake news e mais.

O ex-presidente Donald Trump, por exemplo, foi banido da plataforma após a invasão ao Capitólio no início de 2021 por " encorajar e legitimar a violência ".

"Mantendo uma narrativa infundada de fraude eleitoral e chamados à ação persistentes, Trump criou um ambiente em que riscos sérios de violência eram possíveis", afirmou Thomas Hughes, diretor administrativo do Comitê de Supervisão do Facebook, ao avaliar a suspensão.

Sobre o monitoramento das publicações ligadas ao Talibã, o porta-voz da rede social afirma: "Agora, essa situação está evoluindo rapidamente e, com ela, tenho certeza de que o risco também evoluirá. Teremos que modificar o que fazemos e como fazemos para responder a esses riscos em mudança conforme eles acontecem."

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