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Chinesa Realme quer conquistar mercado de smartphones no Brasil

Marca aposta em design e em aparelhos com qualidade superior por preços mais acessíveis.

realme: fabricante chinesa cresceu 132% no último trimestre (realme/Divulgação)

realme: fabricante chinesa cresceu 132% no último trimestre (realme/Divulgação)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 12 de novembro de 2020 às 17h54.

Última atualização em 12 de novembro de 2020 às 20h47.

A chinesa realme (assim mesmo, com letra minúscula) está chegando ao Brasil e promete revolucionar o mercado de smartphones locais. Os produtos da fabricante já são sucesso na China, Índia e outros países do sudeste asiático e Europa, onde ganharam escopo prometendo design inovador e soluções presentes nos smartphones topo de linha por preços acessíveis.

Até agora, o resultado deu certo. Ao menos lá fora. De acordo com dados da consultoria Counterpoint Research, a marca é a que mais cresceu no mundo no terceiro trimestre de 2020 e já tem fatia maior que da Lenovo (dona dos celulares Motorola) e da LG no mercado global. 

A realme aumentou seus envios de aparelho em 132% no terceiro trimestre deste ano, com mais de 50 milhões de vendas — se tornando a marca que mais rápido alcançou esse patamar.

Segundo Sherry Dong, diretora de marketing da realme, a ideia é começar no Brasil com negócios online, em parcerias com varejistas de e-commerce, como Amazon e B2w, aproveitando o arranjo de tecnologias que a empresa oferece para produtos intermediários.

“Nós provemos a tecnologia mais avançada no mercado intermediário e focamos em atrair pessoas jovens. Queremos também oferecer produtos com tecnologia 5G e internet das coisas”, disse em entrevista à EXAME. Ela não detalhou quais produtos ou modelos chegarão primeiro ao país e serão disponibilizados pela marca.

De acordo com Dong, a ideia é posicionar a empresa como uma transformadora do mercado não só no Brasil, mas em toda a América Latina. Para a empresa, a região tem espaço já que os principais concorrentes são diferentes de outros lugares, onde a competição é ainda mais acirrada, como Índia e Sudeste Asiático, em que marcas como Oppo, Vivo, Xiaomi e Huawei têm amplas margens.

“A presença de mercado na América Latina é muito diferente dos dados que temos dessas regiões. Na América Latina é uma presença muito grande de Lenovo e LG, é onde vemos que nosso produto pode ter espaço para ser popular”, disse. “Nesse mercado, se você quiser ter um dispositivo de alta performance você vai precisar gastar muito dinheiro."

A realme é a última de uma série de outras fabricantes a desembarcar no Brasil. Huawei e Xiaomi voltaram a operar no país em 2019, depois de vindas não bem sucedidas. Este ano, a Nokia, agora com a divisão de celulares operadas pela HMD, também retornou ao país, com produtos no mercado intermediário e sistema operacional Android.

Dong reconhece que a Xiaomi fez barulho ao chegar ao Brasil e a realme viu aí uma oportunidade também. Mas, segundo ela, a realme oferece algo diferente: a união de design inovador com produtos de boa capacidade tecnológica a preços acessíveis.

“A competição vai ser dura nos próximos 4 ou 5 anos, mas achamos que é uma grande oportunidade começar neste momento”, afirmou.

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