Stranger Things: série se baseia em teorias e obras ficção (Netflix/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 10h10.
Coisas estranhas acontecem em Hawkins — e, mesmo que a cidade não exista na vida real, nem tudo é ficção. Por trás dos monstros, luzes piscando e crianças em bicicletas, Stranger Things carrega ecos de teorias da conspiração, experimentos sigilosos e histórias reais esquecidas pelo tempo.
A série mistura terror, ficção científica e uma dose pesada de nostalgia dos anos 1980. Mas suas raízes vão além da cultura pop: Stephen King, Steven Spielberg e arquivos obscuros do governo americano estão entre as inspirações que moldaram o mundo sombrio do Mundo Invertido.
Uma das grandes inspirações para os irmãos Duffer, os criadores da série, foi o projeto MKUltra, que foi um programa real conduzido pela CIA entre 1953 e 1973, com o objetivo de desenvolver métodos de controle mental e manipulação da consciência. Os experimentos incluíam o uso de drogas psicodélicas, privação de sono, choques e técnicas de tortura psicológica.
Esses experimentos aconteciam em universidades, hospitais e até presídios. Durante o escândalo Watergate, que começou em 1972 e resultou na renúncia do presidente Richard Nixon, a CIA destruiu arquivos do projeto, mas mesmo assim, ao longo do tempo, informações foram caindo no conhecimento público.
Em Stranger Things, essa ideia ecoa no laboratório que realiza experimentos com crianças, submetendo-as a drogas e manipulação mental.
Outro elemento de inspiração vem do Montauk Project, uma teoria conspiratória que afirma ter envolvido crianças em experimentos paranormais e viagens no tempo nos EUA — essa lenda chegou a ser o título do trabalho inicial da série.
Apesar dessas inspirações, a série toma liberdades criativas enormes — o mundo invertido, os poderes telecinéticos e os monstros interdimensionais são elementos fictícios.