Quem é Cláudia Celeste, atriz trans homenageada pelo Google
Primeira transexual a atuar em novelas brasileiras é a homenagem no Google Doodle desta segunda, 22
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2022 às 11h06.
Última atualização em 22 de agosto de 2022 às 12h39.
O Doodle do Google desta segunda-feira, 22, celebra a vida de Cláudia Celeste . Primeira atriz transexual a aparecer em novelas brasileiras, ela foi cantora, dançarina, diretora, produtora e autora e se tornou uma figura importante na história LGBTQIA+ brasileira.
Neste exato dia em 1988, Celeste apareceu no papel de uma mulher abertamente trans no episódio de abertura da novela Olho por Olho.
Quem é Cláudia Celeste?
Cláudia Celeste nasceu no Rio de Janeiro em 1952 e começou a explorar sua identidade e talentos enquanto estava no Exército. Depois de servir, ela se formou em beleza e se tornou cabeleireira em Copacabana.
O dia a dia trabalhando no salão inspirou sua decisão de fazer a transição. Por coincidência, no mesmo ano, acompanhou um colega a uma audição de teatro e também foi escolhida para se apresentar. Acabou estreando como bailarina no palco do Beco de Garrafas aos 20 anos de idade.
Carreira e desafios
Em 1973, protagonizou O mundo é das Bonecas no Teatro Rival ao lado de outros atores transgêneros da época. O sucesso do show fez com que Celeste fosse convidada para dançar em várias casas noturnas pelo país.
Três anos depois, Celeste decidiu concorrer no concurso Miss Brasil Pop e venceu. Ao longo de sua vida, a atriz participou e organizou diversas competições de beleza.
Em 1977, foi convidada para fazer parte da novela Magic Mirror. Ninguém do elenco ou equipe sabia que ela era uma mulher trans e, quando a notícia foi divulgada após sua primeira aparição, o programa foi cancelado.
Passou alguns anos na Europa e, ao retornar ao Brasil, fez o teste para estrelar uma novela chamada Olho por Olho e ganhou o papel de mais de 200 outros.
Apesar de ter sido expulsa do elenco após ter sua identidade trans "descoberta", Celeste consolidou seu legado como pioneira pelos direitos de artistas trans e LGBTQIA+.
A atriz morreu em 13 de maio de 2018 por complicações de uma pneumonia.
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