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'Papa Negro': entenda a profecia de Nostradamus

Escrita no século XVI em linguagem simbólica e críptica, a previsão tem sido interpretada de múltiplas formas após a morte de Francisco

Peter Turkson: ele é um dos cardeais mais influentes da África (François-Régis Salefran/Wikimedia Commons)

Peter Turkson: ele é um dos cardeais mais influentes da África (François-Régis Salefran/Wikimedia Commons)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 22 de abril de 2025 às 10h25.

Com a morte do Papa Francisco na última segunda-feira, 21, aos 88 anos, retornaram as discussões em torno da chamada profecia do “Papa negro”, atribuída a Nostradamus. Escrita no século XVI em linguagem simbólica e críptica, a previsão tem sido interpretada de múltiplas formas, variando conforme o contexto histórico e político da Igreja Católica.

Entre os significados atribuídos, está a chegada de um pontífice africano ao trono de São Pedro — algo inédito na história moderna — ou a escolha de um novo Papa da ordem dos jesuítas, tradicionalmente conhecida pelas vestes escuras, em contraste com a batina branca usada pelos pontífices.

Francisco foi o primeiro Papa jesuíta da história, e alguns estudiosos consideram que sua eleição em 2013 já teria cumprido a profecia, ao representar uma mudança simbólica e institucional no Vaticano. Outros interpretam a figura do “Papa negro” como o Superior Geral dos Jesuítas, posição que historicamente carrega esse título por causa do uniforme clerical.

No cenário atual, 133 cardeais estão aptos a participar do conclave que escolherá o sucessor de Francisco. Entre eles, 33 são africanos e vários pertencem à Companhia de Jesus.

O que dizem as interpretações

A profecia atribuída a Nostradamus menciona a morte de um “pontífice ancião” e a ascensão de um líder jovem com "pele escura". O termo tem sido interpretado ora de forma literal — como a eleição de um Papa negro — ora simbólica, referindo-se à indumentária dos jesuítas.

As principais leituras incluem:

  • Liderança jesuíta: Francisco, como jesuíta, já teria simbolizado a chegada do “Papa negro”.

  • Pontífice africano: Cardeais como Peter Turkson (Gana) e Robert Sarah (Guiné) são apontados como possíveis candidatos, embora nunca tenha havido um Papa moderno de origem africana.

  • Transformação institucional: A figura do “Papa negro” pode representar uma ruptura ou reformulação profunda na Igreja.

  • Apocalipse simbólico: Interpretações apocalípticas ligam a profecia a uma crise ou declínio do Vaticano, também referenciado como “Cidade das Sete Colinas”.

Nomes cotados para o conclave

Entre os cardeais africanos mais mencionados está Peter Turkson, 76, conhecido por seu perfil moderado e atuação em temas como meio ambiente e justiça social. Robert Sarah, 79, é lembrado por sua postura conservadora e oposição a algumas reformas propostas por Francisco.

Profecias e contexto

Além das previsões de Nostradamus, circula na tradição católica o texto atribuído a São Malaquias, do século 12, que descreve Francisco como o 112º e último Papa antes do juízo final. A autenticidade e interpretação dessas profecias são contestadas por historiadores e teólogos, mas continuam sendo retomadas em momentos de transição no Vaticano.

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