Students paint a portrait to pay tribute to late Actor Matthew Perry following his death, outside an art school in Mumbai, India, 29 October, 2023. (Photo by Niharika Kulkarni/NurPhoto via Getty Images) (Niharika Kulkarni/NurPhoto /Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 18h57.
O médico que forneceu cetamina a Matthew Perry, conhecido por seu papel como Chandler em "Friends", foi condenado a 30 meses (2,5 anos) de prisão nesta quarta-feira, 3.
Salvador Plasencia foi primeira pessoa a receber pena de prisão pela morte do ator por overdose. Ele é um dos cinco acusados em uma investigação federal que examinou como Perry conseguiu cetamina, medicamento responsável pela morte.
Durante os próximos meses, mais envolvidos no caso serão julgados.
Em outubro de 2023, Perry, de 54 anos, foi encontrado morto na banheira de sua mansão em Los Angeles. O ator passou anos lutando contra depressão e dependência química.
Ele originalmente consumia quantidades legais e prescritas de cetamina, que tem efeitos alucinógenos e deve ser administrada apenas por um médico.
Após um período de tratamento, Perry passou a querer mais do que o fornecido para sua terapia. Documentos judiciais da investigação mostram que isso o levou a vários médicos e Jasveen Sangha, conhecida como “Rainha da Cetamina”.
A partir desse momento, segundo a investigação, aparece Plasencia, chamado de "Dr P". Promotores afirmam que, entre 30 de setembro de 2023 e 12 de outubro de 2023, o médico vendeu vinte frascos de 5 ml (100 mg/ml) de cetamina, pastilhas de cetamina e seringas para o ator e seu assistente, Kenneth Iwamasa. O funcionário também se declarou culpado no caso.
O médico se declarou culpado no meio do ano passado por quatro acusações de distribuição de cetamina. As acusações previam até 40 anos de prisão, mas a pena foi reduzida para menos de três anos.
Além de "Dr P" e Iwamasa, outro médico, a "Rainha da Cetamina" e outro fornecedor de cetamina também se declararam culpados.
A família de Perry considera Plasencia o “mais culpado” pela sua morte e pediu ao juiz que o médico recebesse uma longa sentença.
“A recuperação de Matthew dependia de você dizer NÃO”, escreveram seu pai, John, e sua madrasta, Debbie, em uma carta. “Seus motivos? Não consigo imaginar. Um médico cuja vida é dedicada a ajudar pessoas?”
“Eu não pretendia machucar ninguém, mas minhas decisões naqueles dias traíram meu dever como médico”, escreveu Plasencia. “Eu ultrapassei limites que nenhum médico deve ultrapassar. Ninguém me forçou a fazer isso; foi meu próprio julgamento ruim, e foi errado.”
Ele explicou que sua clínica médica estava com dificuldades e, apesar de perceber “sinais de dependência” em Perry, foi seduzido pelo dinheiro.