"Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" é tudo o que queríamos para um filme de herói (e até mais)
O filme é o segundo da trilogia sobre Miles Morales e tem arrancado notas altas da crítica cinematográfica; veja se vale a pena assistir no cinema
Repórter de POP
Publicado em 1 de junho de 2023 às 18h43.
Última atualização em 2 de junho de 2023 às 17h39.
Nesta quinta-feira, 1º, estreia nos cinemas "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" , segunda animação sobre a história de Miles Morales, o Homem-Aranha negro. A história, lançada cinco anos depois do primeiro filme da trilogia, narra o envolvimento de Morales dentro do multiverso de Homens-Aranha — e as consequências de seus atos em cada um dos universos existentes.
O filme tem um total de 2 horas e 16 minutos e tem arrancado notas altas da crítica cinematográfica: recebeu 9,1/10 no IMDb e 96% de aprovação no Rotten Tomatoes.
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A nota elevada não vem à toa, a animação da Sony (em parceria com a Marvel ) é digna de grandes premiações — e tem boas chances de levar mais uma estatueta do Oscar de Melhor Animação em 2023. Em outras palavras,tem tudo o que um bom filme de super-herói precisa: ambientação e animação com alto nível de qualidade, personagem com propósito e em desenvolvimento, excelente trilha sonora, roteiro denso para além dos super-poderes, easter eggs, referências aos quadrinhos e cenas de ação empolgantes.
Mas será que vale a pena ver no cinema? A EXAME Pop assistiu ao filme com antecedência e traz uma visão de público comum para saber se vale a pena ou não investir na bilheteria.Confira:
Animação imbatível
O primeiro filme da trilogia, "Homem-Aranha no Aranhaverso" já tinha deixado um sinal bem claro para a indústria: a Sony investiu forte na animação do filme, com clara referência ao estilo dos quadrinhos.O cuidado com cada frame foi tamanho que o longa-metragem recebeu o Oscar de Melhor Filme de Animação (2018), desbancando o favorito "Incríveis 2".
Essa preocupação seguiu para o segundo filme: agora, com um Miles Morales mais velho, mais seguro e consciente, a animação o acompanha em qualidade e densidade — e faz valer a pena a espera de cinco anos. Mais psicodélico do que o primeiro, "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" mergulha fundo nas emoções de cada um dos personagens, e faz o uso das cores e do formato dos cenários para sustentar a narrativa.
E falando nos cenários, esses, sem dúvida, são o que mais chamam a atenção. Cada universo mostrado ali, assim como a maneira como a animação acompanha esses cenários em novas cores, a depender da trama, impressiona. É como ver Nova York — tão clichê nas retratações da Marvel — como uma cidade totalmente diferente.
Outro ponto que chama a atenção é a riqueza de detalhes. Dos tênis Air Jordan de Miles aos pequenos desenhos, quadros e roupas de Gwen Stacy, cada item disposto na tela é um universo à parte.
Explosão de estilos e diversidade
Depois da primeira estatueta do Oscar, os diretores do segundo filme da trilogia resolveram investir em um multiverso mais voltado para estilos e formatos de desenho/animação. E faz sentido: se a ideia era reunir todas as versões possíveis e imagináveis do Homem-Aranha,limitá-lo a um único estilo de traço seria incompatível com a narrativa.
Para quem encarar a bilheteria, vale prestar atenção redobrada a cada um dos personagens apresentados. Além dos easters eggs — há até versões clássicas dos primeiros quadrinhos do super-herói —, há Peters em 2D, 3D, live-action, com diferentes texturas, cores, tamanhos, formatos e muito mais.
Quanto à diversidade, logo no primeiro filme já era possível perceber quanto o Homem-Aranha poderia ser diverso. O próprio Miles Morales, primeiro Homem-Aranha negro, era exemplo disso. Agora, em um multiverso de possibilidades, diversidade é o carro-chefe para expandir a criatividade. E o resultado é um tanto quanto fantástico: fica natural e incentiva a representatividade.
O fardo do Homem-Aranha escancarado no roteiro
A frase mais popular dos filmes do Homem-Aranha já mostra que uma maiores virtudes do personagem é, na verdade, um fardo:"Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades". Seguindo essa premissa à risca, a animação incorpora esse fardo de cada Homem-Aranha, em cada universo.
Os sacrifícios, essenciais para a construção do personagem, estão todos ali e não só são parte essencial do roteiro como também contribuem para a imersão do público. Mesmo os novos personagens apresentados criam conexões fortes com o espectador.
Além disso, divergindo das demais jornadas do herói, uma coisa que "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" faz bem é justamente induzir o espectador acompreender a complexidade do aranhaverso. Ao mesmo tempo que torcemos por Miles, também entendemos as escolhas dos outros aranhas.
Mas e aí, vale a pena ver "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" no cinema?
Se há uma certeza a ser dita sobre o filme, é essa: "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" vale cada centavo do ingresso do cinema. O filme mantém (e amplia) a excelência de seu antecessor, usa a criatividade como ponto de partida e o próprio estilo de animação como narrativa.
Quando estreia "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso"?
O filme estreia em todos os cinemas nacionais nesta quinta-feira, 1º.
O que é preciso assistir para ver "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso"?
Para acompanhar a trilogia, é necessário assistir ao primeiro filme, "Homem-Aranha no Aranhaverso", disponível no Disney+.
Homem-Aranha: Através do Aranhaverso tem cenas pós-créditos?
Homem-Aranha Através do Aranhaverso não tem cenas pós-créditos.