GP de Singapura 2025: saiba onde assistir à Fórmula 1 nos próximos dias (Getty Images).
Redatora
Publicado em 11 de dezembro de 2025 às 20h21.
A temporada 2025 da Fórmula 1 consolidou o crescimento econômico e esportivo da categoria, marcada pelo domínio da McLaren e pelo encerramento do campeonato em Abu Dhabi. Em meio à disputa entre 20 pilotos de 10 equipes, a F1 apresentou indicadores que reforçam sua transformação em um dos ativos mais valiosos do entretenimento global.
O ano também celebrou o 75º aniversário do esporte, mantendo o calendário de 24 etapas e ampliando a presença internacional. Segundo a Forbes, indicadores financeiros, esportivos e de audiência registrados ao longo deste ano ajudam a dimensionar o peso econômico da Fórmula 1 e mostram como a modalidade se consolidou entre os maiores negócios do esporte mundial.
A permanência de dez equipes desde 2019 será alterada em 2026, quando a Cadillac ingressará no grid após pagar uma taxa de US$ 450 milhões às escuderias e reservar centenas de milhões adicionais para iniciar operações. Além das equipes, a distribuição das corridas ilustra o alcance global: 21 países receberam etapas em 2025, com destaque para os Estados Unidos, que sediaram três GPs.
A expansão também se reflete na diversidade de pilotos. Em 2026, o grid terá competidores de 15 nacionalidades devido às chegadas de Sergio Pérez e Valtteri Bottas à nova equipe.
Outro indicador relevante é a valorização de marcas. A McLaren registrou aumento aproximado de 500% após o investimento da MSP Sports Capital, que adquiriu participação por US$ 750 milhões em 2020 e saiu neste ano por cerca de US$ 4,5 bilhões. O fortalecimento do portfólio comercial e o bicampeonato de construtores impulsionaram o valor da equipe.
Nos Estados Unidos, a audiência média da F1 chegou a 1,3 milhão de espectadores por corrida até a penúltima etapa. O desempenho deve superar o recorde de 2022. A partir de 2026, as transmissões deixarão a ESPN e migrarão para a Apple TV, que fechou um contrato estimado em US$ 140 milhões por ano - bem acima dos US$ 85 milhões do acordo atual.
A força da categoria também se reflete nos salários dos pilotos. Em 2025, Max Verstappen liderou o ranking com US$ 76 milhões, seguido por Lewis Hamilton, que recebeu US$ 70,5 milhões em sua temporada de estreia na Ferrari. Lando Norris, campeão mundial, acumulou cerca de US$ 57,5 milhões.
A movimentação financeira extrapolou o paddock. A saída de Christian Horner da Red Bull resultou em uma rescisão estimada de US$ 105 milhões, encerrando quase 20 anos no comando da equipe.
O teto orçamentário também segue moldando o esporte. A base de US$ 135 milhões, somada aos ajustes por calendário e inflação, levou o limite de gastos a aproximadamente US$ 170 milhões no período. Em 2026, o valor deve subir para cerca de US$ 215 milhões devido às novas regras técnicas.
Além disso, o impacto da Fórmula 1 se estendeu às bilheterias. O filme F1, estrelado por Brad Pitt, arrecadou US$ 630 milhões globalmente e gerou mais de US$ 40 milhões adicionais em product placement. A narrativa do cinema reforçou a presença da categoria na cultura pop e ampliou sua exposição a novos públicos.
No universo das equipes, a valorização continua acelerada. A Haas é avaliada em US$ 1,5 bilhão, estabelecendo o piso da categoria. A média do valor de mercado das escuderias alcançou US$ 3,6 bilhões, alta de 89% desde 2023. A Ferrari lidera com US$ 6,5 bilhões — ultrapassando franquias históricas da NFL, NBA, MLB e NHL, além da maioria dos clubes europeus.
Toto Wolff, chefe da Mercedes, também aparece entre os destaques financeiros. Com patrimônio estimado em US$ 2,5 bilhões após vender uma participação minoritária da equipe, ele reforça a crescente valorização dos ativos ligados à F1.