Pets: festas de final de ano podem comprometer a saúde e o bem-estar dos animais (TatyanaGl/Getty Images)
Publicado em 24 de dezembro de 2025 às 15h14.
As festas de fim de ano costumam reunir familiares e amigos, mas, para muitos lares, os pets também fazem parte da celebração. O período, no entanto, traz situações que podem afetar a saúde e o bem-estar de cães e gatos, como a quebra da rotina, o acesso a alimentos inadequados e a exposição a barulhos intensos.
Com atenção e alguns cuidados preventivos, é possível reduzir os riscos e garantir que humanos e animais aproveitem as comemorações com mais tranquilidade.
Os fogos de artifício e outros ruídos típicos das festas podem ultrapassar 150 decibéis e representam uma das principais fontes de estresse para os pets.
A audição sensível de cães e gatos faz com que esses sons sejam percebidos como ameaçadores, desencadeando reações físicas e comportamentais.
Entre os sinais mais comuns estão:
“Para minimizar os efeitos destes sons, o tutor deve criar um ambiente seguro e tranquilo dentro de casa. Um cômodo mais silencioso, com luz baixa, cama, brinquedos e água fresca, ajuda o pet a se sentir mais protegido”, orienta Diego de Mattos, professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Guarulhos (UNG).
O especialista também recomenda o uso de músicas suaves ou de ruído branco para ajudar a abafar os sons externos e acalmar o animal durante momentos de maior agitação.
A alimentação é outro ponto de atenção nas festas de fim de ano. Muitos itens comuns nas ceias podem ser tóxicos para cães e gatos e devem ficar totalmente fora do alcance dos animais.
Entre os alimentos perigosos estão chocolate, uva-passa, cebola, alho e nozes.
No caso do chocolate, o risco é maior porque ele contém teobromina e cafeína, substâncias que o organismo dos pets não consegue metabolizar de forma segura.
Outros itens que oferecem risco significativo incluem:
Para evitar problemas, a recomendação é manter todos os alimentos fora do alcance dos animais e não oferecer restos de comida durante as comemorações.
“Caso o tutor queira incluir os bichinhos nas festividades, é recomendado preparar opções seguras, como carnes magras e cozidas sem tempero, legumes adequados e petiscos voltados aos pets”, aconselha Mattos.
A busca por atendimento veterinário deve ser considerada quando o medo ou a ansiedade do pet se tornam intensos ou persistentes, ou quando surgem sinais físicos de alerta.
O acompanhamento profissional ajuda a evitar que situações de estresse agudo evoluam para problemas crônicos de comportamento ou saúde.
“A presença do tutor também é importante para evitar que o animal se sinta abandonado durante o período. E em situações como o de fobia intensa, é recomendado levar o gato ou cão ao veterinário e verificar a necessidade de usar calmantes ou terapias específicas para o sintoma”, complementa Mattos.