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Brinquedo ou 'Action Figure'? O mercado do Brasil é uma grande oportunidade, segundo a Funko

Jessica Piha-Grafstein, executiva da Funko, ressaltou as principais oportunidades que a marca vê no mercado brasileiro e garantiu que, em breve, a empresa estará no Brasil

(Douglas Schinatto/Divulgação)
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Luiza Vilela

Publicado em 3 de dezembro de 2022 às 11h03.

Última atualização em 5 de dezembro de 2022 às 15h36.

Se os brinquedos para crianças já trazem uma bela porcentagem de faturamento para o setor, é de se imaginar que as figuras de ação — o 'brinquedo' dos adultos — também conquistem uma parcela do mercado. O que surpreende, no entanto, é que essa "parcela" é bem mais recheada do que o esperado, sobretudo no Brasil.

Para se ter ideia, de acordo com a NPD Group, empresa americana que avalia esse segmento no mundo, os brasileiros consumiram mais de R$ 280 milhões brinquedos licenciados de super-heróis em 2021 — e isso inclui os colecionáveis. O mercado de figuras de ação para adultos, por exemplo, cresceram 21% nas vendas no ano passado, se comparados ao faturamento de 2019.

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As crianças consomem brinquedos com frequência, mas os adultos também entraram de cabeça nesse mercado por aqui. E, com esse público, é melhor nem chamar os itens de "bonecos", porque isso se transforma em uma ofensa. Para eles, são "actions figures" (figuras de ação), itens colecionáveis e de luxo que tem preços a partir dos R$ 400, mas que podem passar dos R$ 20 mil.

O interesse dos brasileiros neste segmento tem chamado a atenção de algumas das maiores marcas de colecionáveis do mundo, a Funko. Durante o segundo dia do Unlock CCXP, Jessica Piha-Grafstein, diretora sênior de Comunicação Corporativa e Relações Públicas da Funko e diretora de relações públicas da marca, conversou com a EXAME POP para explorar melhor as intenções da Funko no Brasil e alguns números desse mercado para a empresa global.

"Vocês [brasileiros] são os que mais engajam nas nossas redes sociais, atrás somente dos Estados Unidos. E nós estamos 'de olho', vemos essa oportunidade e queremos trazer os produtos oficiais para vocês. Sabemos que colecionam nossos Funko Pop", disse.

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Durante a conversa, a executiva mencionou que a Funko já reconhece o Brasil como um mercado consumidor cheio de oportunidades. "Queremos vir para o Brasil, mas isso ainda não tem uma data definida. Cada país possui certos problemas sobre como são distribuídos os bens de consumo, ou como esses bens chegam até eles, ou como os bens são transportados. Alguns países são mais fáceis que outros", apontou. "Mas vocês [brasileiros] estão nos nossos planos, posso garantir."

Em 2021, a Funko teve receita de U$ 1 bilhão, o primeiro ano no qual a companhia atingiu essa meta. "Nosso crescimento é bastante impressionante em termos das nossas submarcas. Funko Pop é obviamente muito popular, mas nossa marca "Loungfly " [mochilas], que eu acredito ser um pouco mais cara aqui, continua a deslanchar".

Ela ressaltou, ainda, que a vinda ao Brasil no maior evento de cultura pop também teve a intenção de conhecer o gosto dos brasileiros, como uma espécie de "pesquisa de mercado". "Nós vimos a oportunidade no Brasil e a comunidade de fãs, vimos o engajamento. Nós não fomos à TokioCon, nós não fomos à Austrália. Nós não viríamos até aqui se não fosse uma prioridade para a companhia", argumentou a executiva.

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Funko por valor acessível é a prioridade da marca

-(Douglas Schinatto/ Funko/Divulgação)

É um fato que a iniciativa da Funko em promover um item colecionável acessível funcionou melhor na América do Norte e Europa do que na América Latina. Se por lá uma figura de ação popular da marca pode ser encontrada em lojas oficias por menos de U$ 20, por aqui, é difícil encontrá-los por um preço abaixo dos R$ 120 — culpa da taxa de importação e do próprio mercado.

"Essa é uma preocupação que nós sempre tivemos, de manter o preço das nossas peças acessível para que todo mundo possa ter a chance de colecionar nossos funkos pops [modelo mais famoso da marca]. E se aqui esse preço não é 'pagável', então é algo que com certeza ficaremos atentos", salientou Grafstein.

O que a Funko trouxe para a CCXP?

Embora a Funko não tenha uma loja oficial no Brasil, especialmente para a Comic Con Experience de 2022, eles trouxeram um estande com produtos originais e exclusivos. Os colecionáveis estão à venda na feira até domingo, 4, inclusive com a coleção nova, que conta com Funko Pops de personagens da Disney, Warner, de animes e outros.

Quais são os artistas confirmados para a CCXP 2022?

A lista de confirmados à CCXP deste ano ainda seguem em atualização. Veja os artistas que já foram anunciados, divididos por estúdio:

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Como de costume, a feira será no São Paulo Expo, localizado na Zona Norte da capital paulista.

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