Ainda Estou Aqui: veja o trailer da aposta brasileira para o Oscar de 2025 ('Ainda Estou Aqui'/ Globoplay/ Sony Pictures/Divulgação)
Repórter de POP
Publicado em 3 de outubro de 2024 às 15h31.
Última atualização em 16 de dezembro de 2024 às 11h33.
"Ainda Estou Aqui", longa-metragem escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para disputar uma vaga no Oscar de Melhor Filme Internacional, acaba de ganhar um novo trailer estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello. Com direção de Walter Salles, o título é a principal aposta do Brasil para a premiação internacional — e chega aos cinemas de todo o país no dia 7 de novembro.
O filme foi o primeiro longa brasileiro a receber um prêmio no 81º Festival de Cinema de Veneza, de Melhor Roteiro, escrito por Murilo Hauser e Heitor Lorega. Na primeira exibição, teve mais de 10 minutos de aplausos.
"Ainda Estou Aqui" é baseado na biografia de Marcelo Rubens Paiva e se passa no Rio de Janeiro na década de 1970, em plena ditadura militar. O enredo conta a história da aparente feliz família Paiva, com Rubens (Selton Mello), Eunice (Fernanda Torres) e seus cinco filhos, que vivem em uma casa em frente à praia, alugada. Quando um ato violento os toma, Eunice se vê obrigada a reinventar o rumo e o destino de sua família. Fernanda Montenegro também compõe o elenco.
A direção é de Walter Salles, o roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega. O elenco é composto por Fernanda Torres, Selton Mello, Fernanda Montenegro, Maeve Jinkins, Antonio Saboia, Majorie Estiano, Humberto Carrão, Valentina Herzage, entre outros.
A produção de Walter Salles chega aos cinemas de todo o Brasil no dia 7 de novembro. Antes disso, será exibido no Festival do Rio e na Mostra de Cinema de São Paulo, entre os dias 17 e 30 de outubro.
O Brasil não recebe uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor Filme Internacional desde 1999, com o título "Central do Brasil" (1998), também de Walter Salles. Naquele ano, o longa não só foi nomeado na categoria, como também Fernanda Montenegro concorria pelo prêmio de Melhor Atriz. As estatuetas foram para o filme "A Vida É Bela" (1998), de Roberto Benigni, e para a atriz Gwyneth Paltrow ("Shakespeare apaixonado", 1998).
Todos os anos, no entanto, a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais escolhe um representante para a categoria. Em 2023, o longa escolhido foi o de Kleber Mendonça Filho, "Retratos Fantasmas". Sem um gênero muito bem definido, o título acabou não entrando para a lista de indicados. Em 2024, portanto, o Brasil completou 26 anos sem receber uma indicação ao Oscar. E nos 96 anos em que a premiação existe, o cinema brasileiro também nunca garantiu uma estatueta, em nenhuma das categorias.
Neste ano, no entanto, a corrida do Brasil pelo Oscar ganhou novas possibilidades. Com a vitória do prêmio no Festival de Veneza e os reconhecimentos no Festival de Toronto, o filme chamou a atenção da imprensa internacional e passou a ser considerado como uma das apostas para a categoria de Melhor Filme Internacional. Fernanda Torres também começou a ser considerada para a categoria de Melhor Atriz e teve sua performance elogiada por veículos como The Guardian, Variety, The Hollywood Reporter e IndieWire.
Se receber a indicação, Torres pode "vingar" a mãe, que perdeu a estatueta para Paltrow em 1999.
"Torres entrega uma performance maravilhosa e cheia de camadas, esforçando-se para manter a casa funcionando e lutando pelo retorno do marido", diz o The Guardian.
"Eunice é completamente incorporada na performance esplêndida de Fernanda Torres", aponta o texto da Variety.
"Torres é um modelo de contenção eloquente, mostrando a dor particular de Eunice e sua fortaleza necessária pelos meios mais sutis", escreve o The Hollywood Reporter.
"A performance de Fernanda Torres como Eunice é tão espetacular quanto sua filmografia sugere, tendo marcado a si mesma como uma das melhores atrizes da América do Sul", diz a crítica do IndieWire.