Agência de notícias
Publicado em 3 de janeiro de 2025 às 08h26.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai chamar os chefes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF) para uma cerimônia que vai marcar os dois anos dos ataques às sedes dos Três Poderes, ocorridos em 8 de janeiro de 2023.
No mesmo dia, também haverá a entrega de obras de arte do Palácio do Planalto danificadas durante os ataques.
Marcado para a próxima quarta-feira, o evento ocorrerá no Palácio do Planalto e deverá ter pronunciamentos de Lula e dos presidentes da Câmara dos Deputados,
Arthur Lira (PP-AL), do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do STF, Luís Roberto Barroso.
Em confraternização de final de ano com ministros, em 20 de dezembro, Lula já havia pedido para todo seu primeiro escalão estar em Brasília no próximo dia 8 para participar do evento.
As peças que serão apresentadas na próxima quarta foram restauradas em um convênio entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e a Diretoria Curatorial dos Palácios Presidenciais, vinculada à Presidência da República.
Entre as obras de arte que integraram o trabalho estão uma ânfora portuguesa de cerâmica, uma obra em madeira, duas em metal, uma em papel e 15 telas.
Um laboratório foi instalado no Palácio da Alvorada para restauração de 20 obras. O restauro, que teve início ainda em janeiro de 2023, dias após os ataques, envolveu 22 profissionais, entre os quais professores do curso de Conservação e Restauração da UFPel, bolsistas de graduação e pós-graduação da universidade.
Ao longo de quase dois anos, o trabalho envolveu documentação científica das peças, limpeza, catalogação dos fragmentos, planejamento de montagem, colagem e reposição de pintura.
Em janeiro de 2024, data que em foi lembrado o marco de um ano dos ataques, ocorreram cerimônias no STF e no Congresso. Na ocasião, em evento sob o mote “Democracia Inabalada”, o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, frisou que não se deveria confundir a pacificação após os atos golpistas com “impunidade”, porque esta poderia “encorajar grupos extremistas”.
O presidente Lula, na mesma toada, defendeu que não pode haver perdão “para quem atenta contra a democracia, contra seu país e seu próprio povo”.
À época, a cerimônia não contou com a presença de Lira, tampouco de governadores alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).