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Startup de tecnologia promete serviço de hotel e facilidade de Airbnb

Xtay aposta em estadias de curta temporada repletas de automatização para gerenciar imóveis de fundos imobiliários

Padrão de hotel: segundo a startup, o nível é o mesmo de um hotel quatro estrelas (Xtay/Divulgação)

Padrão de hotel: segundo a startup, o nível é o mesmo de um hotel quatro estrelas (Xtay/Divulgação)

GA

Gabriel Aguiar

Publicado em 11 de abril de 2021 às 08h00.

Padrão de hotel: segundo a startup, o nível é o mesmo de um hotel quatro estrelas (Xtay/Divulgação)

Não faltam alternativas aos hotéis tradicionais: há opções por aplicativos, como Airbnb e Booking, até iniciativas colaborativas, como Couchsurfing. Por outro lado, também existem soluções para reinventar os aluguéis tradicionais, como é o caso da Housi, que oferece moradias por assinatura. E é justamente no nicho entre essas duas modalidades que a startup Xtay promete operar.

Isso porque, diferentemente do principal serviço de assinatura, que tem permanência mínima de pelo menos quatro dias – no caso dos imóveis operados pela própria divisão da construtora Vitacon –, será possível alugar o imóvel por apenas um dia. “Nosso sistema foi criado para gestão de curta temporada. Somos capazes de fazer isso em escala”, diz Rony Stefano, sócio-fundador.

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Além do CEO da Sanctuary Venture Studio, desenvolvedora de startups de tecnologias imobiliárias; a empresa é formada por Marcos Khzouz, especialista em soluções arquitetônicas e design de interiores; e Beto Caputo, CEO da Atrio Hotel Management, terceira maior administradora hoteleira do país, com mais de 60 hotéis em operação, e que assume a direção executiva da Xtay.

“Nossa ideia surgiu a partir de duas grandes demandas. Primeiro, a busca por meios alternativos, porque o hospede nem sempre quer um hotel. Segundo, porque as construtoras querem produzir imóveis para o mercado de short stay rental. Com base nisso, decidimos aproveitar a experiência das empresas que já temos para desenvolver uma plataforma de gestão de imóveis”, diz Caputo.

Marcos Khzouz, Rony Stefano e Beto Caputo: "somos de tecnologia, serviços e também imobiliário" (Xtay/Divulgação)

De acordo com os sócios, a Xtay serve principalmente para imóveis adquiridos por fundos imobiliários, que têm apartamentos apenas para investimento. Para criar a identidade visual – e reduzir os custos em aproximadamente 20% pelo aumento de escala –, todos recebem reformas e decorações semelhantes, além de fechadura eletrônica, automatização de funções e comando de voz.

“Um diferencial é que, quando você faz uma reserva pela nossa plataforma, já sabe o que esperar. Como já sabe o padrão de hospedagem quando faz uma reserva no Hilton ou em qualquer rede de hotelaria, por exemplo. Só que, com Airbnb ou hotel, existem espera na recepção ou entrega das chaves. No nosso serviço, você escolhe se quer falar com alguém ou ir ao quarto”, diz Stefano.

Para o proprietário (ou investidor), o primeiro custo diz respeito à adequação do imóvel ao padrão, que pode custar entre 1.600 e 1.700 reais o m². Depois, são instaladas as soluções de techospitality, com os controles de abertura das portas, do ar-condicionado e de iluminação, além de uma assistente pessoal Alexa. Por fim, a plataforma cobra uma porcentagem de 20% sobre a locação.

Beto Caputo, diretor executivo da Xtay, explica que existe um algoritmo para distribuir a demanda de maneira igualitária entre os apartamentos, ainda que existam unidades de categorias e características idênticas no mesmo edifício. E não há nenhum contrato que exija tempo mínimo de permanência com a plataforma. “O que segura investidor é um bom negócio, não contrato”, afirma.

Para o hóspede, as tarifas serão semelhantes àquelas de hotéis intermediários e flats, com diárias entre 250 e 300 reais na baixa temporada – e que pode aumentar de acordo com a demanda, como acontece com a tarifa dinâmica dos aplicativos de transporte –, mais uma taxa de limpeza de R$ 100. Também há serviços de hotelaria sob demanda, como a arrumação do quarto, por exemplo.

Localização: todas as unidades serão em áreas nobres das cidades (Xtay/Divulgação)

Por enquanto, estão em finalização os primeiros três apartamentos em São Paulo (SP). Mas os sócios afirmam que, em breve, haverá 200 unidades na capital paulista, todos distribuídos em bairros nobres, como Vila Olímpia e Itaim, além de outros estados do país. Para o primeiro semestre, a meta é de gerir 1.000 apartamentos, chegando a 8.000 apartamentos nos próximos três anos.

Entretanto, a empresa não revela qual é o valuation e nem mesmo o faturamento – atual ou estimado –, consideradas questões estratégicas. De acordo com Beto Caputo, atualmente, a Xtay gerência um total de 500 milhões de reais na soma de valores dos imóveis. Nos cálculos dos sócios, foram investidos cerca de 10 milhões de reais em tecnologias e outros 2 milhões de reais na startup.

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