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Quem é Great Wall, marca chinesa que fará híbridos e elétricos no Brasil?

Empresa fará investimento superior a R$ 10 bilhões e prevê produzir mais de 100 mil carros em Iracemápolis (SP)

Eletrificados: todos os modelos vendidos e produzidos no Brasil serão híbridos e elétricos (Great Wall Motors/Divulgação)
GA

Gabriel Aguiar

Publicado em 27 de janeiro de 2022 às 11h27.

Última atualização em 28 de janeiro de 2022 às 16h17.

A chinesa Great Wall Motor — também conhecida pela sigla GWM —confirmou nesta quinta-feira, 27, o início da operação no Brasil. Mas a história por aqui não é recente: foram 12 anos de estudos, inclusive com participação no Salão do Automóvel de 2012. Para transformar o namoro em realidade, a empresa anunciou investimento de 4 bilhões de reais por três anos (e outros 6 bilhões de reais para depois disso), além de a recém-comprada fábrica que pertencia à Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP).

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Neste primeiro trimestre, a GWM planeja concluir o processo de contratação da equipe que atuará no país, além de definir os planos de divulgação da marca e a rede de concessionários. Os primeiros veículos serão importados da China no fim deste ano, mas a produção nacional começará na segunda metade de 2023. Em comum, todos os modelos oferecidos terão conjunto eletrificado (híbrido ou totalmente elétrico), além de conexão com internet 5G e sistema para condução autônoma.

Toda a linha do fabricante será composta de SUVs e picapes, que ficarão dividos em três submarcas já oferecidas na Ásia: Haval, com modelos urbanos; Tank, com utilitários fora-de-estrada de luxo; e Poer, com picapes topo de linha. Futuramente, ainda será trazida a Ora, divisão dedicada aos veículos elétricos (considerada pelos executivos da Great Wall Motor a primeira marca nacional totalmente elétrica).

Também está prevista a expansão da fábrica no interior paulista, que deverá aumentar a capacidade de produção de atuais 20 mil para 100 mil unidades anuais em 2025. Para isso, será desenvolvida a infraestrutura de fornecedores locais, capaz de elevar o nível de nacionalização para 60%. E caberá à operação brasileira fornecer veículos aos demais mercados da América Latina—atualmente, a GWM tem 19 fábricas, oito centros de pesquisa e atua em mais de 60 países.

Se a Great Wall Motor ainda é desconhecida por aqui, globalmente, é a sétima maior empresa do setor em valor de mercado, avaliada em US$ 76,7 bilhões. Com isso, também é o maior fabricante de capital 100% privado da China. Com mais de 100 subsidiárias e holdings, a GWM vai além do setor automotivo, com atuações em mobilidade, novas energias, tecnologia, educação, saúde e no ramo imobiliário. E ainda existe uma joint venture com a BMW, firmada em 2018.

Por aqui, a expectativa do fabricante é alcançar faturamento anual de R$ 30 bilhões já em 2025 —enquanto, globalmente, a previsão é de US$ 95 bilhões, com 25% vindos das operações de fora da China. Como reflexo, a Great Wall Motor deverá gerar 2 mil empregos diretos nos próximos e mais de 8 mil empregos indiretos em toda a cadeia. E já está garantido o investimento de mais de 6 bilhões de reais para os anos seguintes de operação para mais expansões até 2032.

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