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Por que Sam Altman está perdendo dinheiro com o ChatGPT?

O CEO da OpenAI admitiu nas redes sociais que o novo plano premium da IA generativa causou prejuízo

Sam Altman: "Eu pessoalmente escolhi o preço e achei que ganharíamos dinheiro" (Win McNamee/Getty Images)

Sam Altman: "Eu pessoalmente escolhi o preço e achei que ganharíamos dinheiro" (Win McNamee/Getty Images)

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 8 de janeiro de 2025 às 10h29.

Última atualização em 8 de janeiro de 2025 às 11h20.

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O fundador da OpenAI, Sam Altman, surpreendeu ao admitir que o plano premium do ChatGPT, que custa US$ 200 por mês, está gerando prejuízo.

Segundo o executivo por trás do ChatGPT, o problema é simples: os usuários estão aproveitando muito mais o serviço, que custa por volta de mil reais no Brasil, do que a empresa previa.

"Eu pessoalmente escolhi o preço e achei que ganharíamos dinheiro", afirmou Altman em um post recente na rede social X (antigo Twitter).

A assinatura Pro, lançada no final de 2024, promete recursos avançados, como o modelo de inteligência artificial o1 Pro e acesso irrestrito a ferramentas como o gerador de vídeos Sora.

Mas, apesar da etiqueta de preço de US$ 2.400 por ano (aproximadamente R$ 15 mil), os custos de infraestrutura para manter o serviço têm aparentemente pesado mais do que o caixa suporta.

O ChatGPT, lançado gratuitamente em 2022, popularizou a IA generativa, mas operar a tecnologia custa caro: há períodos em que a conta diária chega a US$ 700 mil.

Parte da conta vem do uso intensivo de servidores e energia, um custo que Altman já chamou de “insano”.

Além disso, com 300 milhões de usuários ativos por semana em 2024, as expectativas de retorno continuam altas — assim como os desafios.

A OpenAI fechou 2024 com um prejuízo estimado em US$ 5 bilhões, enquanto a receita ficou em US$ 3,7 bilhões. De olho na Faria Lima, este russo criou um Uber de luxo com carros blindados

Mas, apesar dos números negativos, a empresa de Sam Altman mantém projeções ousadas. Ela espera atingir US$ 11,6 bilhões de receita em 2025 e sonha com US$ 100 bilhões anuais até 2029. Para chegar lá, planeja uma reestruturação corporativa para atrair novos investidores e obter mais capital.

Decisões de preço deixam dúvidas

Esse não é o primeiro tropeço da OpenAI na hora de definir preços. Em entrevista recente, Altman revelou que o preço do plano ChatGPT Plus, lançado em 2023 por US$ 20 ao mês, foi decidido sem estudos aprofundados.

"Testamos dois valores, US$ 20 e US$ 42. As pessoas acharam US$ 42 caro demais. Escolhemos US$ 20. Foi uma coisa meio na intuição", contou.

Agora, a empresa considera mudar o modelo de preços do ChatGPT Pro, possivelmente adotando uma cobrança por uso. A ideia é equilibrar melhor a relação entre o que os usuários consomem e os custos gerados — especialmente para quem usa o serviço intensivamente.

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