Isadora Kimura e Victor Marcondes, fundadores da Nilo: healthtech mira 10 milhões de pacientes em 2025
Repórter
Publicado em 18 de abril de 2025 às 06h38.
O setor de saúde no Brasil, o terceiro maior mercado privado de saúde do mundo, enfrenta desafios significativos. Com um mercado de US$ 164 bilhões, o Brasil é um campo fértil para a inovação, mas também está marcado por custos elevados, ineficiência operacional e uma crescente demanda por serviços de qualidade.
A healthtech Nilo surge nesse cenário. Utilizando inteligência artificial (IA) generativa, a startup quer transformar a eficiência em hospitais e operadoras de saúde. Agora, com mais de 3 milhões de pacientes na plataforma, a Nilo está investindo R$ 65 milhões para expandir essa tecnologia.
A adoção da IA generativa possibilita a automação de tarefas repetitivas, como agendamentos, triagens e atendimentos administrativos. Além disso, transforma dados não estruturados, como imagens de exames e mensagens de WhatsApp, em informações acionáveis, aprimorando a tomada de decisão dos profissionais de saúde e o acompanhamento dos pacientes.
Saúde mental no trabalho será obrigatória: veja o que muda com a nova NR-1 em 2025Os resultados já são expressivos. Segundo a Nilo, foram evitados R$ 900 mil em custos com automação e a sinistralidade reduziu em 30%, gerando uma economia de R$ 2,7 milhões.
Com uma plataforma escalável, a healthtech oferece soluções que atendem tanto grandes hospitais quanto unidades de saúde menores, especialmente no interior do Brasil, onde a tecnologia pode fazer a diferença na melhoria do atendimento e na otimização de processos.
Para 2025, a Nilo planeja expandir sua base de pacientes para 10 milhões e triplicar sua receita. "Estamos criando uma nova forma de conectar a saúde, com mais eficiência e personalização para o paciente", afirma Isadora Kimura, CEO da Nilo.
Fundada em 2020, a Nilo foi fundada por Isadora Kimura e Victor Marcondes, dois empreendedores com vasta experiência no setor de tecnologia e saúde. A CEO Kimura tem passagens pela plataforma de saúde BetterUp e um MBA em Stanford. Antes de criar a Nilo, ela já havia fundado uma empresa de equipamentos médicos que alcançou uma receita anual de US$ 5 milhões em apenas quatro anos. Marcondes, CFO da Nilo, tem uma carreira de mais de 15 anos em tecnologia, com experiência na consultoria Booz & Co. e um MBA em Harvard.