"O gambito da Rainha": a série venceu o prêmio de Melhor Minissérie no Critics' Choice 2021 (Divulgação/Divulgação)
Denyse Godoy
Publicado em 19 de janeiro de 2021 às 06h00.
A plataforma de streaming Netflix teve bom desempenho no primeiro, no segundo e no terceiro trimestre de 2020 enquanto os espectadores quarentenados no mundo inteiro buscavam entretenimento. Os resultados do quarto trimestre, que saem nesta terça-feira (19), vão mostrar como a companhia se comporta no novo normal.
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Analistas de mercado estimam que o lucro por ação da Netflix subiu de 1,30 dólar no quarto trimestre de 2019 para 1,37 no mesmo período do ano passado. As receitas devem ter subido 20%, para 6,6 bilhões de dólares. Mas o número mais esperado pelo mercado é o de evolução da base de assinantes, que deve sinalizar para onde a disruptiva plataforma está rumando.
Por anos, a Netflix reinou no mercado de streaming. Nos últimos tempos, porém, tem enfrentado uma concorrência cada vez mais acirrada por parte de gigantes que acordaram para a nova realidade do mercado. Quem não era do ramo e tinha bala na agulha criou a sua própria plataforma. É o caso da varejista Amazon. Quem era quer tirar o máximo proveito do seu catálogo audiovisual. No ano passado, foi a vez da Disney lançar a sua plataforma de streaming, com as suas produções e as da Marvel.
A Netflix terminou o terceiro trimestre com 195 milhões de assinantes em todo o mundo, prevendo que adicionaria seis milhões no período de outubro a dezembro. Mas o aumento do preço da assinatura nos Estados Unidos no final de outubro – de 12,99 dólares para 13,99 dólares – pode impedir a plataforma de alcançar sua meta. A elevação mostra a confiança que a companhia tem no seu poder de fogo.
Para continuar crescendo, a Netflix anunciou um plano ousado de lançamento de produções originais neste ano: uma novidade por semana. O sucesso retumbante de público e de crítica de séries como "O gambito da rainha" e "Bridgerton" é o argumento usado pelos investidores que apostam que a Netflix tem potencial de expandir mais a sua base de assinantes. O banco de investimentos JPMorgan projeta que a plataforma atinja 300 milhões de assinantes até 2024. Como ainda deve demorar um pouco para a pandemia arrefecer, as restrições de circulação devem seguir ajudando a plataforma no curto prazo.