Gabriel Albuquerque, Alexandre Bernat e José André Nunes, da Start Carreiras: "Quero que 30% seja pouco no ano que vem" (Naiany Marinho/Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 11 de dezembro de 2023 às 13h14.
Última atualização em 11 de dezembro de 2023 às 15h11.
José André Nunes, 22, Alexandre Bernat, 25, e Gabriel Albuquerque, 23, são os três jovens empreendedores por trás da Start Carreiras, startup que acaba de captar 7 milhões de reais em rodada seed. Os três acabaram de sair do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), local em que se dividiram entre os cursos de engenharia aeronáutica e computação.
A startup paulistana procura facilitar a relação entre universitários, faculdade e o ambiente de trabalho na ofertas de vagas para estágios e trainees. A inspiração para o negócio nasceu dentro da própria instituição, com os três se engajando em projetos relacionados à empregabilidade na universidade.
Além disso, eles acumularam experiências ruins em plataformas diversas. “Quando eu fui procurar o meu primeiro estágio, eu me candidatei a 50 vagas e reprovei em 49. As plataformas não tinham filtro, eu ficava perdido respondendo a infinitos formulários”, afirma Nunes, cofundador e CEO.
Nascida no ano passado, a startup quer usar a tecnologia para integrar a jornada unindo os três públicos em poucos cliques. O serviço é gratuito tanto para os estudantes quanto para as universidades, que usam a plataforma da startup num modelo white label.
A remuneração do negócio provém das empresas, com a contratação da Start para a divulgação de vagas e programas de estágios e trainee.
Ambev, Stone e Sanii estão entre os 30 clientes que usam os serviços da startup, atualmente com uma base de 60.000 alunos de universidades como USP, ITA, Insper, UFMG e FGV. A empresa ainda tem 100 clientes na base degustação, modelo tradicional entre as empresas de tecnologia para captar leads.
Os diferenciais do modelo, segundo o CEO, estão em oferecer vagas personalizadas e candidaturas com poucos cliques, a partir de recomendações de algoritmos. Para as empresas, a startup está investindo em soluções que usem Inteligência Artificial para preencher os documentos e economizar o tempo dos RH.
Uma inspiração para o negócio vem da americana HandShake, startup criada na Califórnia, em 2013, com um apelo semelhante: oportunidade de emprego para universitários e recém-formados. Em 2022, após uma rodada série F de US$ 200 milhões, o unicórnio atingiu uma avaliação de US$ 3,5 bilhões.
A rodada de R$ 7 milhões foi liderada pela Maya Capital, fundo de early stage brasileiro. A startup atraiu ainda duas gestoras americanas, a Reach Capital, dedicada à educação e empregabilidade, e a Graphene Ventures, com foco em software e consumo, além de investidores-anjo.
Com a entrada dos novos recursos, negociados ao longo de 2 meses, os sócios querem imprimir um novo ritmo ao negócio, com crescimento de 30% mês a mês. “Quero que 30% seja pouco no ano que vem”, diz Nunes.
Os valores serão direcionados a três finalidades, essencialmente: