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Conheça a outra Vivo que também tem patrocínio na Copa do Catar

Criada em 2009, empresa é a líder de vendas de smartphones no mercado chinês

Em 2017, a Vivo fechou um contrato de seis anos com a Fifa, compreendendo os mundiais da Rússia e do Catar (Michael Dalder/Reuters)

Em 2017, a Vivo fechou um contrato de seis anos com a Fifa, compreendendo os mundiais da Rússia e do Catar (Michael Dalder/Reuters)

O nome de uma marca muito conhecida do público brasileiro aparece nos painéis de publicidade ao redor dos campos de futebol da Copa do Catar: Vivo. Apesar disso, a empresa patrocinadora das edições dos jogos não é a brasileira, e sim uma companhia homônima e que atualmente é a maior fabricante de smartphones da China.

É a segunda vez que a marca patrocina a Copa do mundo. Em 2017, a fabricante assinou um contrato de seis anos com a Fifa, o que incluía o patrocínio os jogos da Rússia e do Catar, a Copa das Confederações de 2017 e a Copa das Nações Árabes.

O investimento nos jogos foi feito como parte da estratégia de internacionalização da empresa, iniciado em 2014. Atualmente, a empresa está presente em:

  • Mais de 60 países
  • Tem mais de 400 milhões de usuários ativos com os seus smartphones

Como a Vivo surgiu

A Vivo asiática é irmã de outras marcas mais conhecidas aqui, como a Oppo e a Realme. Todas elas são subsidiárias da BBK Electronics, um dos maiores grupos de tecnologia da China fundado pelo bilionário Duan Yongping em 1995.

Antes de fundar a BBK, o empresário, engenheiro eletricista de formação, criou a Subor, 1989, uma empresa de eletrônicos conhecida por fazer um modelo similar ao aparelho Famicom da Nintendo.

Ele deixou a companhia em 1995 para investir no novo negócio, com foco inicial no mercado de DVDs. Ao longo do tempo, foi mudando o modelo de negócios e adequando o grupo às transformações tecnológicas.

A Oppo, por exemplo, chega ao mercado em 2004 com reprodutores de mídia e só em 2008 começa a apresentar os seus primeiros smartphones.

Em 2009, o BBK lança a Vivo e coloca Shen Wei como presidente e CEO da companhia. Antes, Wei era o responsável por comandar a unidade de smartphones da BBK.

No começo, tanto Vivo quanto Oppo eram ridicularizadas como imitações baratas da Apple. Tempos depois, começaram a ganhar mercado na China e se tornaram uma força contra a expansão da americana no país.

Em uma das poucas entrevistas que deu, Yongping disse à Bloomberg em 2016 que a fabricante liderada por Tim Cook não tinha se adequado à concorrência local. "A Apple não conseguiu ganhar de nós na China porque até eles têm defeitos”.

Conhecido por sua discrição, o empreendedor tem uma fortuna avaliada em US$ 1,4 bilhão, segundo a Hurun China List, um índice que cataloga os mais ricos no país.

Qual a relevância da companhia

Desde o primeiro trimestre de 2021, segundo dados da consultoria Counterpoint, a Vivo é líder de vendas na China. Encerrou o terceiro trimestre deste ano com 19,9% das vendas. Globalmente, a marca ocupa a quinta colocação com 9% de participação. 

O rápido crescimento em pouco mais de uma década é atribuído à capacidade que a Vivo demonstra de produzir smartphones com componentes que oferecem melhor desempenho por um preço mais acessível do que os seus concorrentes.

Recentemente, ainda segundo a Counterpoint, a empresa pulou da quinta para a segunda colocação no segmento de aparelhos premium na China, saindo de 6% para 13% de participação – a primeira posição é da Apple com 46%.

E as campanhas da Vivo brasileira

Apesar de não ser a patrocinadora do Copa do Mundo, a operadora brasileira de telefonia também vai aproveitar os jogos. Ela patrocina a Seleção Brasileira de Futebol, razão pela qual pode desenvolver ações usando a competição como pano de fundo em suas estratégias de comunicação.

Uma iniciativa recém-lançada foi o "Cropped do Hexa", uma brincadeira com o meme “Reage, bota um cropped”

Por sua vez, a Claro, concorrente direta da Vivo, é apoiadora oficial da Copa. Adquiriu a cota como “regional supporter”.

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