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Como a Warner Bros. Discovery quer integrar as diferentes plataformas de conteúdo

Líder da operação brasileira de junho, executiva fala sobre os próximos passos da companhia

Vera Buzanello, da Warner Bros. Discovery: streaming é um negócio para a companhia e lançamento da nova plataforma será a principal novidade do ano (Kelly Fuzaro/Divulgação)
MB

Marcos Bonfim

Publicado em 19 de janeiro de 2023 às 10h17.

Última atualização em 19 de janeiro de 2023 às 10h19.

A fusão entre WarneyMedia e a Discovery anunciada em abril do ano passado criou um gigante do mercado de mídia e entretenimento sob o nome de Warner Bros. Discovery, unindo plataformas de streaming, canais de TV por assinatura, estúdios de cinema, empresa de distribuição e games.

No resultado consolidado dos primeiros nove meses do ano, o conglomerado registrou faturamento de 22,8 bilhões de dólares, alta de 153% em relação aos números obtidos pelas operações em 2021.

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“A empresa vai ser diferente daqui a um ano. O mundo está mudando. Mas esta é uma grande empresa", afirmou o CEO David Zaslav logo após o comunicado. É com essa missão que a Vera Buzanello assumiu o comando da companhia do Brasil, acumulando com a posição head of revenue da empresa na América Latina.

Com 25 anos de Discovery, a executiva está desde junho passado na liderança, período em que teve que organizar a casa e preparar para 2023, ano quando pretendem celebrar os 100 anos da Warner.

“Não foi um semestre fácil. A gente teve que realmente fazer uma grande reavaliação e reorganização da empresa. E conhecer também todas as áreas de negócios.  Eu sempre digo que não foi uma fusão de uma companhia com outra, foi uma fusão de várias companhias”, afirma.

Como a Warner Bros. Discovery quer se apresentar

No centro da estratégia, a nova empresa quer mostrar aos consumidores e ao mercado que oferece opções variadas de produtos e que podem ser acessadas em diferentes telas e momentos - da telona do cinema, passando por smartTVs e smartphones, entre outras ocasiões.

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Sem relevar os valores que serão investidos em 2023, a executiva promete uma série de iniciativas para a expansão da companhia ao longo do ano.

Entre elas, o desenvolvimento de produções locais como a série “Cidade de Deus”, baseada no filme que projetou o cinema nacional no começo do século, e a primeira investida em novelas no país. A Warner Bros. Discovery acabar de assinar a produção de “Beleza Fatal”, conteúdo previsto para a HBO Max acompanhando uma tendência nas plataformas de streaming.

Além disso, deve reforçar o conteúdo com novas edições de "Aeroporto", "Largados e Pelados Brasil" e documentários de “true crime”, a exemplo de “Pacto Brutal”, produção sobre o assassinato da atriz Daniela Perez e que se tornou um sucesso de audiência global.

Como será a nova plataforma de streaming

Entre as principais mudanças motivadas pela fusão está a decisão de contar com uma única plataforma de streaming, integrando HBO Max e Discovery Plus. Somando com o número de clientes da HBO, as ferramentas encerraram setembro de 2022 com 94,9 milhões de assinantes, de acordo com o relatório financeiro da companhia.

A nova plataforma deve ser lançada ainda no primeiro semestre no Estados Unidos e chegar à América Latina no segundo semestre.

“Esse é um negócio que é realmente estratégico e que vai ser um grande lançamento nosso para 2023”, afirma Buzanello.

Segundo a executiva, a nova ferramenta está sendo construída usando toda a experiência que a empresa tem com a HBO Max e o Discovery+, em termos de usabilidade, hábitos de consumo de conteúdo e incidências de uso.

Outros aspectos levados em consideração são quais produções têm capacidade para alcançar audiências globais e merecem desembolsos maiores da companhia.

Como a companhia olha para o mercado de TV por assinatura

Enquanto as plataformas de streaming avançam, a companhia também deve dedicar atenção especial para os desafios vividos pelos canais de TV por assinatura, um mercado que registra quedas em várias partes do mundo.

No Brasil, os dados mais recentes, atualizados até novembro de 2022, mostram queda de 6,2% no número de assinantes, que ficou em 12,6 milhões.

Com 42 canais, entre eles HBO, Discovery, CNN, TNT, CBS e Animal Planet, a empresa tem entre os objetivos para 2023 fazer um trabalho de redesenho de portfolio para definir quais permanecerão ou não na grade.

Segundo Buzanello, a empresa continua acreditando e apostando no potencial deste mercado. “Para mim, TV paga é mais uma das plataformas em que temos de distribuição de conteúdo e a nossa história vem daí”, afirma.

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