Elon Musk (picture alliance / Colaborador/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 17 de maio de 2022 às 13h43.
Última atualização em 17 de maio de 2022 às 13h45.
O conselho do Twitter recomendou acionistas, em decisão unânime, que aprovem a oferta de Elon Musk deUS$ 44 bilhões, oito dias antes da data marcada para a votação. A recomendação acontece em meio a declarações do bilionário sobre voltar atrás ou renegociar sua decisão.
Na segunda-feira, Musk levantou a hipótese de reduzir a oferta inicial de US$ 54,20 por ação, dizendo que um acordo a um preço mais baixo não estaria “fora de questão”.
O empresário bilionário está levantando dúvidas sobre os dados divulgados publicamente do Twitter sobre a porcentagem de spam e contas falsas em seu serviço de mídia social, alegando que representam mais de 20% de todos os usuários. Nesta terça-feira, Musk publicou que só seguiria em frente com a oferta se o Twitter pudesse provar que o número de "bots" é inferior aos 5%, valor informado anteriormente pela empresa.
Em declaração, o Twitter disse que está “comprometido em concluir a transação no preço e nos termos acordados o mais rápido possível”.
O conselho divulgou detalhes relevantes relacionados à oferta de Musk, incluindo como ele pretende financiar a compra, os bastidores dos eventos entre o empresário bilionário e a liderança executiva do Twitter que levaram à oferta e o que acontecerá com as ações detidas pelos funcionários do Twitter e executivos se a oferta for finalizada.
Os conselheiros citaram fatores que influenciaram na decisão de recomendar que os acionistas aprovem o acordo, incluindo uma melhoria no posicionamento competitivo do Twitter e as perspectivas de se tornar uma empresa independente, e a crença do conselho de que o acordo tem grandes chances de ser consolidado.
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Também foram listados alguns riscos associados ao modelo de negócios do Twitter caso continuasse uma empresa de capital aberto, como o desafio de “fazer investimentos, mudanças operacionais e melhorias (incluindo reduções de custos) para alcançar crescimento e lucratividade de longo prazo”, e “a desafios históricos para a capacidade do Twitter de aumentar a receita de publicidade.”
O documento continuou dizendo que nenhuma das possíveis alternativas estratégicas para a fusão provavelmente apresentaria melhores oportunidades para o Twitter criar maior valor para seus acionistas.
A SEC (que equivale à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) ainda vai revisar o acordo o acordo - embora a agência reguladora geralmente não tenha o poder de impedir fusões corporativas ou transações privadas - e os acionistas votarão na aprovação na assembleia anual de acionistas do Twitter no dia 25 de maio.
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