Xi Jinping, Angela Merkel, Vladimir Putin e outros líderes no último G20 presencial, em 2019, no Japão: presidente chinês não deve comparecer neste ano (Tomohiro Ohsumi/Getty Images)
Carolina Riveira
Publicado em 26 de outubro de 2021 às 11h13.
Última atualização em 26 de outubro de 2021 às 11h21.
O presidente chinês, Xi Jinping, não deve viajar para a cúpula do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo. O encontro acontece neste fim de semana, nos dias 30 e 31 de outubro, em Roma, na Itália.
A agência italiana Ansa publicou que Xi, segundo fontes, participará da reunião de forma somente remota. Em seu lugar, deve viajar à Itália o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi. O governo chinês ainda não divulgou os motivos para o presidente não comparecer presencialmente.
Xi Jinping já não havia participado presencialmente do último grande evento de líderes globais, a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em setembro.
A ausência de Xi acontece em meio a ainda presente guerra comercial e diplomática entre China e Estados Unidos. Na Assembleia da ONU, o presidente americano, Joe Biden, fez discurso defendendo o multilateralismo e cooperação entre as nações, mas alfinetando a China.
Para especialistas, no entanto, será necessário um nível amplo de cooperação entre as duas maiores economias do mundo nos próximos anos para que a humanidade supere crises como o coronavírus e as mudanças climáticas.
A cúpula do G20 terá a presença do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Biden também confirmou presença. O encontro marca o primeiro G20 amplamente presencial desde o início da pandemia. O encontro do ano passado aconteceu majoritariamente online, enquanto o último havia sido em 2019, em Osaka, no Japão.
Dentre os líderes europeus, ausentes na Assembleia da ONU, todas as principais economias devem ir ao G20, incluindo a chanceler alemã Angela Merkel (que deixa o cargo neste ano se a oposição conseguir formar uma coalizão), do francês Emmanuel Macron e do britânico Boris Johnson.
Da lista de eventos globais importantes, acontece também na semana que vem a COP 26, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Glasgow, na Escócia. No evento, os países, sobretudo os mais ricos, façam concessões e negociem metas ambiciosas para reduzir as emissões de poluentes.
Xi Jinping também não comparecerá à COP 26. A China é a maior poluente do mundo devido a sua dependência ainda alta de carvão e população de mais de 1 bilhão de habitantes, seguida pelos Estados Unidos.