Encontro da ONU em Nova York: reunião durou cerca de 1h30 (Leandro Fonseca/Exame)
Redação Exame
Publicado em 8 de outubro de 2023 às 19h22.
Última atualização em 8 de outubro de 2023 às 20h37.
A reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CSNU) para tratar do conflito entre o grupo Hamas e Israel terminou sem consenso neste domingo, 8.
Não há previsão de divulgação de um comunicado em conjunto do órgão, segundo o Estadão. A reunião durou cerca de 1h30.
Avião decola de Natal para a repatriação de cidadãos em Israel
Neste sábado, 7, o grupo armado palestino Hamas lançou a “Operação Al-Aqsa Flood” contra Israel, na ofensiva mais grave desde que Tel-Aviv e o grupo palestino travaram uma guerra de 11 dias em 2021.
O Hamas afirmou que disparou pelo menos 5 mil foguetes, enquanto Israel confirmou que os combatentes do grupo entraram no seu território por terra e mar. Os ataques matinais ocorreram em Simchat Torá, um feriado que ocorre no final do festival judaico de uma semana conhecido como Sucot, ou Festa dos Tabernáculos.
Durante a madrugada de domingo, 8, o norte de Israel sofreu novos bombardeios de um movimento libanês que se diz aliado ao Hamas. O grupo armado Hezbollah reinvidicou o ataque e afirma ter lançado três foguetes contra três postos militares na Fazenda Shebaa, território ocupado por Israel desde 1967.
O exército israelense retomou os ataques aéreos e de artilharia na Faixa de Gaza. Jatos disparados por Israel destruíram um prédio que abrigava o Banco Nacional Islâmico Palestino.
A ofensiva lançada no sábado por terra, mar e ar pelo Hamas, que governa Gaza, deixou até agora mais de 600 mortos e 2.000 feridos em Israel, 200 deles em “estado crítico”, informou o governo.
Os bombardeios lançados em resposta por Israel contra Gaza causaram 370 mortos e 2.200 feridos, indicou o Ministério da Saúde do enclave palestino.
O governo israelense também indicou que o Hamas capturou “mais de 100” pessoas no seu ataque, tomando-as como “prisioneiras”.
O Hamas e a Jihad Islâmica, outro grupo armado palestino, alegaram ter capturado “muitos soldados”.
Após o início do conflito, o Brasil e outros países-membros convocaram uma reunião de urgência para este domingo, na sede da organização, em Nova York. No entanto, a expectativa era de que não se chegasse a um consenso entre os membros.
Enquanto os Estados Unidos reforçou o apoio a Israel, a China defendeu a criação do Estado independente da Palestina e a Rússia é próxima ao Irã, um dos principais financiadores do Hamas.
O Brasil condenou os bombardeios e ataques feitos a Israel a partir da Faixa de Gaza neste sábado e defendeu ações para evitar que o conflito tome maiores proporções.
"O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU", disse o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no sábado, em sua conta oficial no X, antigo Twitter.
A reunião do CSNU foi fechada à imprensa. O representante permanente do Brasil junto à ONU, o diplomata Sérgio França Danese, falou à imprensa que a reunião teve como tônica a busca por um processo de negociação o mais rápido possível.
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(Com Estadão, AFP e Al Jazeera)