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Recuperado da covid-19, Boris Johnson volta ao trabalho

A resposta lenta ao coronavírus e os desdobramentos do Brexit devem dominar a agenda do primeiro-ministro britânico

BORIS JOHNSON DE VOLTA: premiê britânico fez pronunciamento em frente à residência oficial (John Sibley/Reuters)

BORIS JOHNSON DE VOLTA: premiê britânico fez pronunciamento em frente à residência oficial (John Sibley/Reuters)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 27 de abril de 2020 às 06h59.

Última atualização em 27 de abril de 2020 às 07h01.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, retorna ao trabalho nesta segunda-feira (27) depois de semanas afastado para se tratar da infecção do novo coronavírus. Johnson foi diagnosticado com a covid-19 no final de março, teve complicações e precisou ser internado poucos dias depois. O primeiro-ministro chegou a passar alguns dias na unidade de tratamento intensivo.

Agora recuperado, Johnson volta ao gabinete para lidar com uma série de crises, todas centradas na pandemia do novo coronavírus. Em meio a críticas de que o governo do Partido Conservador demorou para agir e estabelecer medidas de isolamento e distanciamento social, o primeiro-ministro enfrentará denúncias da falta de equipamentos de proteção para os profissionais da saúde que estão na linha de frente do combate à doença.

Além disso, o governo está sendo cobrado para elaborar um plano de retorno à normalidade, embora ainda não esteja claro que o Reino Unido tenha passado pelo pico da epidemia. O país registrava mais de 145.000 casos confirmados da doença e quase 20.000 mortes.

 

Entre os membros do gabinete, há o temor dos danos da quarentena prolongada à economia britânica, que ainda tenta encontrar o seu caminho depois do Brexit, a saída da União Europeia. Por isso, a expectativa é a de que a semana de retorno ao trabalho de Johnson seja agitada, com reuniões com diferentes ministros na tentativa de estabelecer os planos pós-coronavírus.

Ainda nesta segunda-feira, o chefe de gabinete do governo, Michael Gove, será questionado em uma sessão virtual do Parlamento sobre os desdobramentos do divórcio com o bloco europeu, que demorou três anos para ser aprovado pelos parlamentares. O pedido de extensão no prazo para o período de transição certamente estará em pauta, agora tendo como justificativa a paralisação global causada pela pandemia.

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