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Mundo ultrapassa marca de 10 milhões de casos de covid-19 e 500 mil mortes

O vírus que mudou o mundo ainda não tem uma cura ou vacina e assombra diversos países com novas ondas de infecções

Novo surto de coronavírus na China: Pequim aumenta as restrições para conter avanço da covid-19 (Noel Celis/AFP)
CC

Clara Cerioni

Publicado em 28 de junho de 2020 às 08h38.

Última atualização em 28 de junho de 2020 às 18h10.

O mundo ultrapassou a marca de 10 milhões de pessoas infectadas pelo coronavírus neste domingo 28. Em todo o planeta, são 10.004.643 casos confirmados e 500.108 mortes por covid-19. Quase 5 milhões de pessoas já se recuperam da doença. Os dados são da Universidade Johns Hopkins.

Os Estados Unidos estão em primeiro lugar no número de casos, com mais de 2,5 milhões e mais de 125 mil mortes. O Brasil está em segundo lugar, com quase 1,3 milhão de infectados e mais de 57 mil óbitos. Rússia (633 mil), Índia (528 mil) e Reino Unido (311 mil) vêm logo em seguida.

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O vírus que mudou o mundo foi identificado pela primeira em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China. As autoridades locais demoraram para informar o governo central sobre a doença que se espalhava rapidamente.

Os primeiros 41 casos foram confirmados somente no dia 10 de janeiro. Doze dias depois, a China tinha 500 caos e 14 mortes. Decidiu então isolar a cidade epicentro do contágio, onde vivem mais de 11 milhões de pessoas. Todo o comércio foi fechado, transporte público paralisado e voos cancelados.

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Apesar dos esforços, o coronavírus se espalhou rapidamente por todo o mundo. Em março a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a covid-19 uma pandemia.

Em abril, o planeta chegava ao primeiro milhão de casos. Na época, a China já tinha atingido uma estabilidade no número de casos, que passavam dos 80 mil. O foco de contágio passou a ser na Itália e na Espanha. Os dois países decidiram seguir a mesma estratégia chinesas e adotar o lockdown.

No dia 21 de maio a pandemia alcançou a marca de 5 milhões de infectados, e o epicentro migrou da Europa, para os Estados Unidos, que estava em isolamento e com o sistema de saúde em colapso.

Neste momento, o país vive uma segunda onda de casos em alguns estados, após a flexibilização da quarentena. O temor também assombra a Europa que já reabriu até praias e escolas.

Para a OMS, o próximo epicentro é a América Latina e a África. Nos últimos dias, Brasil e México registram o maior número de casos e de mortes em 24 horas. De acordo com a organização, os dois países ainda não tiveram o pico da doença.

Origem do vírus

Segundo a Fiocruz, o Sars-Cov-2 teve origem em morcegos, como a maioria dos outros coronavírus. Ainda não está muito claro para os pesquisadores exatamente como esta mutação ocorreu.

"É sabido atualmente que houve o fenômeno de 'transbordamento zoonótico', comum à maioria dos vírus, que fez com que um coronavírus que acomete morcegos sofresse uma mutação e passasse a infectar humanos", diz o Instituto.

Vacina

Vários países e laboratórios correm contra o tempo para desenvolver uma vacina para a covid-19. Duas pesquisas se mostram as mais avançadas e com resultados animadores: uma do laboratório chinês Sinovac e outra na Universidade de Oxford, na Inglaterra.

O Sinovac é o mesmo laboratório que fechou parceria com o governo de São Paulo para uma fase de testes com 9.000 pessoas. O estado foi escolhido para uma terceira fase de testes, fundamental para a confirmação da eficácia da vacina.

Em um primeiro resultado, ainda feito somente no exterior, mais de 90% das pessoas que receberam doses da vacina produziram anticorpos contra a covid-19 num intervalo de 14 dias. E não foram observados efeitos colaterais.

Cerca de 3 mil voluntários no Brasil vão participar da fase de testes da vacina desenvolvida em Oxford. Os testes, que começaram no dia 20 de junho, são conduzidos pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e é focada em pessoas mais vulneráveis, que atuam no Hospital São Paulo, ligado à Escola Paulista Medicina, da Unifesp. 100 milhões de doses dessa vacina deverão ser produzidas no Brasil, pela Fundação Oswaldo Cruz.

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