Irã: presidente morre em acidente de helicóptero ( Ed JONE/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 20 de maio de 2024 às 07h24.
Líderes de várias nações e até do grupo islâmico Hamas expressaram condolências, depois que o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, e outras oito pessoas morreram em um acidente de helicóptero, no domingo. Entre os mortos também está o ministro iraniano das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian.
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, foi um dos primeiros a se pronunciar, antes mesmo de o governo iraniano tornar oficial a notícia da morte. No X, Modi escreveu: "Profundamente triste e chocado com a trágica morte do Dr. Seyed Ebrahim Raisi, presidente da República Islâmica do Irã. Sua contribuição para o fortalecimento da relação bilateral Índia-Irã será sempre lembrada. As minhas sentidas condolências a sua família e ao povo do Irã. A Índia está com o Irã neste momento de dor".
O Hamas emitiu um comunicado agradecendo ao presidente Ebrahim Raisi e ao ministro das Relações Exteriores pelo apoio em sua guerra contra Israel."Esses líderes apoiaram a luta legítima de nosso povo contra a entidade sionista, forneceram valioso apoio à resistência palestina e fizeram esforços incansáveis em solidariedade e apoio em todos os fóruns e campos para nosso povo na firme Faixa de Gaza. Eles também fizeram esforços políticos e diplomáticos significativos para parar a agressão sionista contra nosso povo palestino". O Hamas disse, ainda, que está estendendo "suas sinceras condolências, profunda simpatia e solidariedade" ao líder supremo, "ao governo iraniano e ao povo iraniano irmão".
Os grupos houthis e Hezbollah, apoiados pelo Irã, também se pronunciaram sobre a morte de Raisi. Horas depois da confirmação pelo governo iraniano, o alto funcionário houthi Mohamed Ali Al-Houthi enviou condolências: "Nossas mais profundas condolências ao povo iraniano e à liderança iraniana", disse. "O povo iraniano continuará a ter líderes leais ao seu povo".
Com sede no Líbano, o Hezbollah comparou Raisi a um "irmão mais velho": "O Hezbollah no Líbano estende suas mais profundas condolências e sentimentos de simpatia pela perda", disse um comunicado do grupo. "Conhecemos Sua Eminência, o presidente mártir, de perto há muito tempo. Ele foi para nós um irmão mais velho, um forte apoiador e um defensor ferrenho de nossas questões e das questões da nação, principalmente Jerusalém e Palestina, e um protetor dos movimentos de resistência".
O Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio, entrou em confronto com Israel quase diariamente desde o início da guerra em Gaza. O Irã forneceu apoio militar e econômico ao Hamas, aos houthis e ao Hezbollah.
O primeiro-ministro do Iraque, Mohammed Shia' Al Sudani, expressou "sinceras condolências e simpatias" ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, e seu governo em um post no X: "Expressamos nossa solidariedade ao povo iraniano fraterno e nossos funcionários fraternos na República Islâmica nesta dolorosa tragédia".
O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, disse que "o Paquistão decretará um dia de luto, e a bandeira será hasteada a meio mastro como uma marca de respeito ao presidente Raisi e seus companheiros, e em solidariedade ao Irã fraterno".
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse esta manhã que "a UE expressa as suas sinceras condolências pela morte do Presidente Ebrahim Raisi e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian, bem como de outros membros da sua delegação e tripulação num acidente de helicóptero".
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse estar "chocado com a terrível notícia da sensível perda física do presidente da República Islâmica do Irã". Maduro disse: "De terras bolivarianas, expressamos nossas mais profundas condolências ao líder supremo aiatolá Ali Khamenei e desejamos consolo divino por uma perda tão sensível".
A embaixada da Rússia em Teerã também expressou, nesta segunda-feira, condolências pela morte do presidente iraniano. Como presidente, Raisi forneceu armas à Rússia para uso em sua invasão da Ucrânia.
O presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed Al Nahyan, disse que "os Emirados Árabes Unidos se solidarizam com o Irã neste momento difícil", estendendo sentidas condolências às famílias dos mortos no acidente.