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Focus, morte do presidente do Irã, ata do Fed e Light: o que move o mercado

Acidente que matou presidente do Irã gera incertezas sobre o futuro político e econômico do país, o que pode afetar os mercados internacionais

Radar: morte do presidente do Irã pode afetar preço do petróleo e, consequentemente, mercados internacionais (Contributor/Getty Images)

Radar: morte do presidente do Irã pode afetar preço do petróleo e, consequentemente, mercados internacionais (Contributor/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 20 de maio de 2024 às 08h46.

Os mercados internacionais operam em alta nesta segunda-feira, 20. Nos Estados Unidos, à espera da ata do Fomc (Federal Open Market Comittee) e do balanço do primeiro trimestre de 2024 de Nvidia (NVDC34), ambos divulgados na quarta-feira, 22, os indices futuros sobem. Já na Ásia, ainda impactados pelas medidas anunciadas pelo governo para estimular o mercado imobiliário, as bolsas fecharam em alta. Já na Europa, o mercado abriu no azul, ajudado por ganhos em ações de mineração e petróleo. Por aqui, o Ibovespa futuro também sobe, de olho no Boletim Focus e novos capítulos de Petrobras (PETR4).

Boletim Focus

Pela segunda semana consecutiva, o Banco Central elevou a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024, de 3,76% para 3,80%, no Boletim Focus divulgado nesta segunda. Já o IPCA para 2025 foi elevado pela terceira semana consecutiva, subindo de 3,66% para 3,74%. A inflação para 2026 e 2027 se mantevem em 3,50%.

Mas o destaque fica para a Selic de 2024, que agora chega a marca dos dois digitos: o BC já estima que ela terminará o ano em 10%. Para os juros de 2025 e 2026, as projeções se mantiveram em 9%, enquanto para 2027, o BC elevou de 8,63% também para 9%.

A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) para 2024 caiu de 2,09% para 2,05%, enquanto as de 2025, 2026 e 2027 se mantiveram em 2%. Para o câmbio, as novas projeções apontam para R$ 5,04 ao final de 2024, frente aos R$ 5 anterior. Nos anos de 2025, 2026 e 2027, as estimativas do câmbio se mantiveram em R$ 5,05 (2025) e R$ 5,10 (2026 e 2027).

Presidente do Irã

O governo iraniano confirmou na madrugada desta segunda-feira, 20, a morte do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, aos 63 anos. A autoridade faleceu devido à queda do helicóptero em que estava junto a outras oito pessoas, que também vieram a falecer. Entre elas, também viajava o chanceler do país, Hossein Amirabdollhian, Malek Rahmati, governador da província iraniana do Azerbaijão Oriental; e Hojjatoleslam Al Hashem, líder religioso.

O acidente gera incertezas sobre o futuro político e econômico do país. Isso porque o falecimento de Raisi pode gerar disputa interna pelo poder, o que pode afetar os mercados internacionais. O Irã é o sétimo maior produtor mundial de petróleo, integrando a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Por volta das 8h15 desta manhã, os contratos futuros para julho de 2024 do petróleo tipo Brent e WTI caíam 0,25% e 0,31%, respectivamente.

Ata do Fed

Em dia de agenda mais esvaziada, investidores acompanham as falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que devem sinalizar para onde vão os juros nos Estados Unidos. Entretanto, as atenções estão voltadas, de fato, para a quarta-feira, 22, quando será divulgada a ata do Fomc (Federal Open Market Comittee).

Light (LIGT3)

O Conselho de Administração da Light (LIGT3) aprovou os termos de seu novo plano de recuperação judicial da empresa em reunião realizada neste domingo, 20. O novo plano envolve capitalização no valor de R$ 3,2 bilhões. Deste total, R$ 1 bilhão viria dos acionistas de referência da companhia - Nelson Tanure, Ronaldo Cézar Coelho e Beto Sicupira - que detêm 65% dos papéis do grupo, enquanto os outros R$ 2,2 bilhões viriam da conversão de dívida em novas ações.

Dessa forma, o plano prevê a conversão de ao menos 35% dos créditos por ações por parte dos credores. O restante dos créditos será remunerado por IPCA mais 5% ao ano, com pagamento em oito anos. Para quem não aderir à conversão, a taxa será de 3% e amortização em 13 anos, segundo o plano aprovado em março.

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