Mousa Abu Marzouk, um dos líderes do Hamas, declarou que seu grupo está mantendo mais de 100 pessoas como reféns depois dos ataques de terroristas a Israel (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)
Redação Exame
Publicado em 9 de outubro de 2023 às 09h41.
Última atualização em 9 de outubro de 2023 às 10h52.
Um porta-voz do grupo terrorista Hamas afirmou nesta segunda-feira, 9, que quatro cidadãos israelenses, que estavam como reféns pelo grupo, morreram em bombardeios realizados pelas Forças de Defesa de Israel (IDF).
"O bombardeamento da ocupação à noite e hoje na Faixa de Gaza levou à morte de quatro prisioneiros inimigos e ao martírio dos seus captores, os Qassam Mujahideen”, escreveu Abu Obeida, um porta-voz das Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, do Hamas, no seu canal Telegram.
Mousa Abu Marzouk, um dos líderes do Hamas, declarou que seu grupo está mantendo mais de 100 pessoas como reféns depois dos ataques de terroristas a Israel neste fim de semana. Ele fez os comentários neste domingo, 8, ao al-Ghad, um website de notícias publicadas em árabe. Este número é adicional às 30 pessoas que estão sendo mantidas como reféns pelo grupo palestino Jihad Islamica.
De acordo com a Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, trataram dos ataques do Hamas a Israel e destacaram que entre os reféns estão "famílias inteiras", idosos e crianças pequenas.
A Hamas é um acrônimo do que o grupo pretende ser, “um movimento de resistência islâmico”. Fundado em 1987, durante a primeira Intifada - ou revolta palestina -, o grupo tem uma mista atuação entre organização política social e força armada.
Desde 2007, controla a região da Faixa de Gaza após vencer as eleições em 2006. Com o domínio, iniciou uma espécie de golpe de estado, expulsando políticos moderados da Faixa de Gaza. Nenhuma eleição foi realizada desde ano.
Muitos dos países ocidentais consideram o Hamas como uma organização terrorista. Caso dos Estados Unidos, Canadá, Japão, Reino Unido e os países-membros da União Europeia. China, Rússia e Brasil, assim como Noruega e Suiça, que buscam ocupar espaço de mediadores nas negociações, evitam a denominação.