Guerra Israel-Hamas: água e comida em Gaza podem acabar em breve, diz ONU

O Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU) alertou nesta quinta-feira, 12, que a água e a comida devem acabar muito "em breve" na Faixa de Gaza. Israel, que está em guerra com o grupo terrorista Hamas, cortou o fornecimento de água e eletricidade para a região nos últimos dias.

Segundo Samer Abdeljaber, diretor do programa para a Palestina, a situação é "devastadora" e que suprimentos cruciais estão "perigosamente" baixos após o bloqueio de

"Estamos vendo falta de combustíveis, água e eletricidade. Estamos vendo nossos abrigos superlotados. Não temos capacidade", disse Abdeljaber em entrevista à emissora canadense CBC News.

Segundo ele, mais de 260.000 pessoas saíram de suas casas em busca de refúgio. "Basicamente, estamos olhando para uma situação em outra escala, à qual não estamos acostumados", disse.

Segundo o diretor do programa, padarias não têm sido capazes de produzir porque não têm acesso a eletricidade. "Muitas lojas e mercados não estão funcionando", afirmou.

Gaza: dificuldade de acesso à água preocupa

"O que é realmente preocupante é a falta de capacidade para obter água, o que afetará muitas questões como a qualidade da comida e acesso a água limpa para pessoas nos abrigos e fora deles", afirmou.

Nos últimos três dias, segundo Abdeljaber, o programa da ONU conseguiu atender quase todos dentro dos abrigos com pão e comida enlatada. No primeiro dia, foram atendidas 73.000 pessoas e no segundo dia, 175.000 pessoas. "Hoje, estamos planejando para amanhã em que teremos 255.000 pessoas para serem alimentadas nos abrigos. 88 escolas estão lotadas com essas pessoas", disse o diretor do Programa Mundial de Alimentos para a Palestina.

Cerco de Israel a Gaza

Mais cedo, o ministro da Energia israelense, Israel Katz, afirmou que Gaza não receberá combustível, água ou eletricidade até que os reféns sejam libertado.

"Ajuda humanitária para Gaza? Nenhum interruptor elétrico será ligado, nenhum hidrante de água será aberto e nenhum caminhão de combustível entrará até que os reféns israelenses sejam devolvidos para suas casas. Humanitário por humanitário. E ninguém deve nos pregar moral", escreveu o ministro de Energia, Israel Katz, no X, antigo Twitter.

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