John Kirby: "Não vamos perder a esperança" (AFP/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 20 de setembro de 2024 às 17h52.
A Casa Branca declarou nesta sexta-feira, 20, que a guerra entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah ainda pode ser evitada, apesar do aumento da tensão e dos ataques nas últimas horas, e acrescentou que, apesar das informações em contrário, os esforços diplomáticos para acalmar a região continuam avançando.
“Ainda acreditamos que há tempo e espaço para uma solução diplomática e estamos confiantes de que esse é o melhor caminho a seguir. A guerra não é inevitável na Linha Azul, que demarca a divisão entre Líbano e Israel", disse o porta-voz de Segurança Interna da Casa Branca, John Kirby.
Kirby estava se referindo a uma reportagem publicada na quinta-feira pelo jornal “The Wall Street Journal” que afirma que, após a recente escalada de tensões com o Hezbollah, a Casa Branca está descartando a possibilidade de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, a principal frente no conflito entre Israel e vários grupos ligados ao Irã na região, antes das eleições presidenciais de novembro.
“Não vamos perder a esperança e não vamos parar de trabalhar para um cessar-fogo que inclua a libertação de reféns mantidos pelo Hamas em Gaza", declarou Kirby, além de reiterar que o principal obstáculo para um acordo é a liderança do grupo palestino, apesar dos recentes relatos em Israel de que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, vem sabotando um acordo há meses.
De acordo com “The Wall Street Journal”, funcionários da Casa Branca dizem, em particular, que um acordo de cessar-fogo “não é iminente” e “não temos certeza de que algum dia acontecerá”.
A tensão na região voltou com o ataque do Hamas, em 7 de outubro de 2023, ao território israelense vizinho à Faixa de Gaza, que matou cerca de 1.200 pessoas. No front do norte, o Hezbollah intensificou seus ataques com foguetes contra Israel, e o país bombardeou hoje os subúrbios de Dahye, no sul do Líbano, deixando 14 mortos e 66 feridos.