Escassez de poltronas atrasa produção de novos aviões
Gargalo é criado no dia a dia de companhias aéreas
Redatora
Publicado em 29 de abril de 2024 às 11h35.
Última atualização em 29 de abril de 2024 às 12h13.
A falta de poltronas em aviões está afetando as cadeias de suprimento do setor, influenciando os planos das companhias aéreas de reformar as cabines e lançar novas aeronaves. Agora, fatores como regras de certificação mais estreitas e a escassez da mão de obra resultante da pandemia também atrasam a produção.
Neste momento, as companhias tentam apresentar novas cabines à medida que se recuperam das graves perdas sofridas durante a pandemia.
A alemã Lufthansa , por exemplo, apresentou em abril um novo conjunto de cabines para voos de longa distância. O pacote faz parte de um investimento de mais de R$ 13,5 bilhões que foi atrasado como resultado de problemas na cadeia de suprimentos.
Projetos de outras companhias aéreas, a exemplo do programa de mais de R$ 10 bilhões da Emirates , põem pressão sobre os fornecedores.
A fabricante francesa de motores Safran, também uma das maiores fornecedoras de poltronas do mundo, declarou na última sexta-feira, 26, que as entregas relativas à classe executiva caíram 25% no primeiro trimestre de 2024 devido ao fato de que algumas remessas foram adiadas para o segundo trimestre do ano.
Executivos da Boeing e da Airbus afirmaram nesta semana que a cadeia de suprimentos do setor se encontra limitada.
'Os fornecedores de assentos estão com capacidade reduzida. Muito disso é fornecido pelo comprador, mas mesmo assim isso atrasa um avião', declarou o presidente da Boeing, Dave Calhoun, aos investidores.
Segundo Mark Hiller, CEO da Recaro Aircraft Seating, maior fabricante de assentos de classe econômica do planeta, a escassez de eletrônicos para sistemas de entretenimento a bordo é outro fator que continua a dificultar as entregas de assentos.
Assim, o setor encontra-se com um gargalo produtivo, o qual se deve em parte à pandemia e em parte a dificuldades de produção. Por ora, resta esperar para ver quanto tempo levará para que a situação se normalize.
Com informações do Financial Times.