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Detenção de magnata gera comoção entre empresários russos

A prisão domiciliar de Vladimir Yevtushenkov provocou comoção nos círculos empresariais do país, que temem que o caso tenha motivação política


	Vladimir Yevtushenkov: bilionário é um dos homens mais ricos da Rússia
 (Sergei Karpukhin/Reuters)

Vladimir Yevtushenkov: bilionário é um dos homens mais ricos da Rússia (Sergei Karpukhin/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 09h15.

Moscou - A prisão domiciliar do magnata Vladimir Yevtushenkov, um dos homens mais ricos da Rússia, acusado ontem de lavagem de dinheiro, provocou comoção nos círculos empresariais do país, que temem que o caso tenha motivação política.

Yevtushenkov, executivo-chefe e coproprietário do grupo financeiro industrial AFK Sistema, foi posto ontem sob prisão domiciliar pelas acusações de lavagem no caso da privatização de ativos da companhia petrolífera Bashneft.

"Certamente tudo isso parece "Yukos número dois"", disse à agência "Interfax" o presidente da União de Empresários e Produtores da Rússia, Alexander Shojin.

Shojin se referia ao caso da Yukos, a outrora maior empresa petrolífera, de Mikhail Khodorkovski, antigo oligarca considerado o preso político mais importante da Rússia e que esteve preso durante uma década até sua libertação em 2013.

A fortuna de Yentushenkov está estimada pela "Forbes" em US$ 6,8 bilhões, enquanto a edição russa da revista a calcula em US$ 9 bilhões.

A AFK Sistema de Yevtushenkov adquiriu os ativos da Bashneft em 2005 e 2009 das empresas controladas então por Ural Rajimov, filho do antigo presidente da república russa de Bashkiria, Murtaza Rajimov.

Em abril, o Comitê de Instrução russo apresentou uma acusação formal contra Ural Rajimov por roubo e lavagem de dinheiro na Bashneft e embargou os ativos adquiridos pela AFK Sistema.

Segundo um comunicado do grupo, as acusações contra Yevtushenkov "não têm fundamento em absoluto", enquanto fontes da emissora de rádio "Business FM" apontaram que o magnata pode ter se envolvido em um conflito com Igor Sechin, presidente da companhia petrolífera Rosneft e amigo próximo do líder russo, Vladimir Putin.

Conforme uma das versões do sucedido, o conflito tem a ver com as aspirações de Sechin de adquirir a empresa Bashneft, algo que a assessoria de imprensa de Rosneft nega categoricamente.

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