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Telão de LED, produção virtual e equipamentos de Hollywood: conheça os bastidores do CMO Summit

Com mais de 150 palestrantes, evento tem ritmo de produção acelerado e uso de tecnologia de ponta para levar debates e tendências do marketing a mais de 50 mil pessoas

Rafael Kahane, CMO da Solides, e Tiago Magnus, CEO da Transformação Digital, em painel para o CMO Summit (Divulgação/Transformação Digital)
Bruno Capelas

Colaborador

Publicado em 16 de outubro de 2024 às 21h15.

Última atualização em 16 de outubro de 2024 às 21h16.

Com previsão de ter mais de 50 mil participantes em três dias de evento, começou nesta terça-feira, 15, o CMO Summit . Criado em 2021, o encontro de lideranças e profissionais de marketing pretende debater as estratégias mais utilizadas pelas empresas, bem como tendências e o futuro da área nos próximos anos.

Com mais de 150 palestrantes, o evento organizado pela Transformações Digitais (TD) – e com a EXAME como parceira de mídia – terá a presença de empresas como Google, TikTok, MercadoLivre, Bauducco, Zamp, BYD e muito mais, distribuídos ao longo de quase 100 paineis, entrevistas e debates.

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Por trás dessas estatísticas, porém, há nos bastidores um trabalho que demanda muito cuidado da produção da TD: em sua sede, na Vila Madalena, a empresa organiza há mais de um mês as gravações para que tudo seja transmitido nos trinques para os participantes, em uma rotina intensa na frente e por trás das câmeras. Para quem assiste, à primeira vista, o principal destaque é o uso de um telão de LED de 6 metros de largura por 3 metros de altura, que ajuda a empresa a criar cenários virtuais com detalhe real para as conversas do CMO Summit.

Quem assistir ao encontro poderá, por exemplo, ter a impressão de que as conversas estão acontecendo na Lua, perto de uma espaçonave, ou mesmo num palácio indiano – influência e inspiração de uma das patrocinadoras do evento, a multinacional Zoho CRM. Mais do que apenas ter conversas sobre o futuro, o CMO Summit busca inspirar tendências futuristas também em sua realização, diz o fundador e CEO da TD, Tiago Magnus.

“A tecnologia que usamos para fazer o CMO Summit precisa ser muito flexível para manter as pessoas engajadas. Se o cenário fosse igual sempre, seria cansativo, então buscamos formas diferentes de contar histórias. Queremos democratizar o conhecimento em torno da produção virtual”, diz o executivo, lembrando que a busca pelo novo é uma das marcas do CMO Summit desde o início. Em 2021, por exemplo, enquanto Elon Musk bradava que queria levar a humanidade para Marte, o evento trouxe debates ambientados no Planeta Vermelho, o que ajudou o encontro a se tornar conhecido em sua primeira edição.

Nível Hollywood

Usado em grandes emissoras e produções hollywoodianas, o telão de LED é apenas uma das muitas tecnologias nos bastidores do CMO Summit. Realizado em uma parceria estratégica da TD com a 555 Studios, o uso de produção virtual traz um punhado de ferramentas e novas possibilidades disponíveis na indústria audiovisual. Para começar, cenários como o da Lua e do palácio na Índia são construídos totalmente num ambiente 3D, em 360 graus, dentro do motor gráfico Unreal – o mesmo utilizado em jogos como Fortnite e Call of Duty.

Na maior parte do tempo, os cenários permanecerão estáticos no CMO Summit, mas caso fosse necessário, eles poderiam se movimentar conforme a câmera também se movimentasse. Para isso, é necessário tanto o uso de arquiteturas que processem o cenário virtual sem latência, quanto o uso de máquinas de reconhecimento corporal, que acompanham a ótica da lente da câmera e passam a instrução para o software. É um tipo de tecnologia que permite a perfeita reprodução de ambientes reais num cenário de estúdio, abrindo novas possibilidades para campanhas de marketing.

É, inclusive, uma das intenções da TD e da 555 ao utilizarem esse tipo de tecnologia no evento: abrir os olhos das lideranças de marketing para novas oportunidades criativas em suas campanhas. “A produção virtual ainda é pouco conhecida, mas pode trazer uma revolução. É um Lego de tecnologias novas que, juntas, viabilizam a capacidade de ambientar uma história em qualquer cenário, no conforto de um estúdio, com a produção praticamente pronta em tempo real”, explica Sávio Bertolani, líder de marketing e growth da 555 Studios.

Para o executivo, a possibilidade de utilizar novos recursos pode romper um cenário de mesmice na produção publicitária. “Hoje, muitos segmentos têm campanhas que parecem iguais. Muitas ideias ficam no papel porque não há recursos para viabilizá-las em externas, e num cenário econômico, todo mundo acaba tendo resultados próximos ao usar as mesmas variáveis na equação. Com a produção virtual, isso pode mudar”, aposta Bertolani.

Ele cita como exemplos não só a produção de campanhas publicitárias, mas também de outras utilizações corporativas – como ferramentas de educação, lives e webinars ou até mesmo chamadas para investidores. “Em uma live corporativa, o time de sustentabilidade pode falar como se estivesse no meio de uma floresta, seguido pelo time de negócios em um ambiente de uma loja do futuro. Isso gera um impacto totalmente diferente para o dia a dia de comunicação das marcas”, exemplifica Magnus, da TD.

Sustentabilidade

Mais do que apenas tornar possível em estúdio certas ideias que só poderiam se desenrolar em externas, a produção virtual também traz possibilidades mais eficientes e sustentáveis para a indústria audiovisual. Um bom exemplo é a possibilidade de reutilização de cenários caso as marcas invistam em ativos digitais. “Um banco que criar uma versão 3D de uma agência pode reutilizar esse espaço em inúmeras campanhas. É um raciocínio que ajuda a conta a fechar em um universo acostumado a não reciclar ativos, como o marketing”, afirma Bertolani, da 555.

Outra vantagem é a redução da pegada de carbono gerada pelos esforços de produção – como o impacto de deslocamentos de uma equipe e equipamentos até uma locação externa. “Tem marcas que fazem 15 externas espalhadas pelo Brasil para uma campanha de lançamento. Imagine o custo e o impacto de fazer todos viajarem de avião até os locais?”, afirma Magnus, apostando que a produção virtual pode gerar reduções de até 90% no impacto de emissões de carbono. É um argumento, inclusive, que já tem feito multinacionais globais deixarem de fazer produções externas, contribuindo para as metas de sustentabilidade das companhias.

Para conferir um pouco dessa produção em prática, é possível se inscrever ainda para participar do CMO Summit, que começa nesta terça-feira e vai até quinta, com cerca de 100 conteúdos em torno do presente e do futuro do marketing.

Serviço

CMO Summit 2024
Data:
15 e 17 de outubro (online)
Inscrições gratuitas: https://cmosummit.com.br/

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