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As apostas do BTG no varejo para o mês de setembro

Setor ocupa 20% das posições recomendadas por analistas do banco em carteira de ações mensal

(Steven Puetzer/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 1 de setembro de 2023 às 13h13.

Última atualização em 1 de setembro de 2023 às 13h15.

A baixa demanda e o alto grau de endividamento das famílias têm mantido investidores reticentes em investir no setor de varejo. Apesare do cenário nebuloso, analistas do BTG Pactual  (do mesmo grupo controlador da Exame) ainda veem boas oportunidades de investimento no setor. As melhores, segundo carteira recomendada divulgada nesta sexta-feira, 1, seriam nas ações da Renner (LREN3) e do Mercado Livre (MELI34).

Cada ação equivale a 10% do portfólio recomendado para o mês de setembro, A aposta nessas duas empresas, inclusive, foi reforçada. O Mercado Livre  está entre as principais recomendações do banco desde o mês passado, quando o Banco Central deu início ao ciclo de corte de juros. Já a Renner está presente desde junho.

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"Apesar da desaceleração das vendas em trimestres recentes, devido a uma forte base de comparação e a um cenário
mais desafiador para o consumo discricionário, ainda vemos a Renner bem posicionada para ganhar participação de mercado no fragmentado segmento de varejo de vestuário no Brasil", avaliaram os analistas do BTG Pactual.

Algumas vantagens, de acordo com o banco, colocam a Renner entre as favoritas. Entre elas: a estrutura da cadeia de suprimentos, capacidade de execução "superior" e iniciativas omnichannel.

Os analistas reconheceram que a Renner vem apresentando melhora gradual na rentabilidade e posição líquida de caixa. "Vemos a Renner como uma beneficiária de possíveis cortes nas taxas de juros em seu segmento de financiamento ao consumidor, justificando nossa recomendação de compra."

Mercado Livre: apostando no vencedor

A escolha pelo Mercado Livre também se deve à perspectiva de que a companhia seja a vencedora em seu segmento. "Ainda vemos uma tendência de crescimento secular para o comércio eletrônico brasileiro nos próximos anos, com um GMV muito maior do que os níveis pré-pandemia."

A expectativa do BTG é de que maioria das empresas não consiga manter o ritmo de crescimento anterior, devido aos custos mais altos de financiamento, mas não o Mercado Livre. "Continuamos a ver o MELI como um vencedor no comércio eletrônico e pagamentos da América Latina."

Muito se fala que o preço do Mercado Livre, apesar do sucesso comprado, já estaria caro demais. Com projeção de EV/GMV de 1,3 para 2024 e 48x de P/L, o BTG discorda. "O engajamento do usuário que diferenciará plataformas que só crescem de plataformas que crescem e criam valor para os acionistas." É nessa segunda classificação que, segundo o BTG, está o Mercado Livre.

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