Masayoshi Son, CEO do Softbank (Kim Kyung-Hoon/File Photo/Reuters)
O SoftBank demitiu nesta quinta-feira, 29, cerca de 150 funcionários em suas operações globais.
Os cortes do banco de investimento japonês foram realizados principalmente no Vision Fund e no SoftBank Group International, onde foram cortados cerca de 30% dos funcionários, e ocorrem após resultados negativos recordes dos últimos meses.
No segundo trimestre do ano, o banco de investimento japonês registrou um prejuízo de US$ 23 bilhões. Um dos piores resultados da história do SoftBank. No mesmo período do ano passado, o banco tinha registrado um lucro de US$ 5,6 bilhões.
Nos primeiros seis meses de 2022, o prejuízo recorde chegou a US$ 50 bilhões, por causa da alta global dos juros e da instabilidade política mundial que afetou as avaliações das ações de tecnologia, que pegou os executivos do banco de surpresa.
Saiba mais:
Além da queda global das ações de tecnologia, durante o trimestre de abril a junho o SoftBank sofreu uma perda cambial de US$ 6,1 bilhões, provocada pela forte queda do iene em relação ao dólar americano. O câmbio da moeda japonesa chegou em sua mínima dos últimos 22 anos.
Em resposta, o CEO do Softbank, Masayoshi Son, declarou que vai realizar uma série de cortes para tentar conter os custos do banco.
As demissões afetarão os funcionários das equipes de investimento e de back-office em departamentos como financeiro e jurídico, principalmente no Estados-Unidos, Reino-Unido e China.
Além disso, para tentar fazer frente a essa situação, o SoftBank vendeu sua participação no principal ativo Alibaba (BABA34) e também zerou sua posição no Uber (U1BE34), além de delinear planos para listar a fabricante de microprocessadores Arm.
Son declarou na semana passada que está trabalhando para criar uma "aliança estratégica" entre o SoftBank e a Samsung para tentar alcançar novas sinergias.