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Risco de governo Lula para perfil de crédito é inexistente, diz diretor da Fitch

Carvalho afirmou que os maiores riscos para os balanços das empresas são a inflação e o câmbio

No câmbio, a Fitch espera que a volatilidade vista atualmente se mantenha (EVARISTO SA/AFP)

No câmbio, a Fitch espera que a volatilidade vista atualmente se mantenha (EVARISTO SA/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de setembro de 2022 às 14h59.

O diretor de Ratings Corporativos da Fitch, Ricardo Carvalho, disse nesta quarta-feira, 28, que o risco de um eventual novo mandato do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o perfil de crédito de empresas do País é "inexistente". Ainda de acordo com ele, os grandes riscos para as companhias são em variáveis como câmbio e inflação.

"Se o governo (novo) for Bolsonaro, é mais do mesmo. Se for Lula o risco é saber se será o do primeiro (2003), segundo (2007) ou terceiro", disse ele, em evento promovido pela Fitch em São Paulo. "Ainda assim, o risco está longe do que vimos em 2003."

Carvalho afirmou que os maiores riscos para os balanços das empresas são a inflação e o câmbio. "Estamos vendo um período longo de inflação, com muita dificuldade no repasse de custos das companhias", disse ele.

No câmbio, a Fitch espera que a volatilidade vista atualmente se mantenha. De acordo com o diretor, dois fatores explicam e devem continuar explicando esse movimento: as expectativas para as contas públicas brasileiras nos próximos anos e também a alta dos juros mundo afora.

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