Índices na Ásia também não seguiram nenhuma tendência (Kazuhiro NOGI /AFP)
Repórter colaborador
Publicado em 26 de agosto de 2024 às 08h39.
Última atualização em 26 de agosto de 2024 às 09h39.
Os índices futuros dos EUA subiam nesta segunda-feira enquanto os investidores avaliavam as implicações da flexibilização da política do Federal Reserve após a inclinação do presidente Jerome Powell de "ajustar a política monetária"- muitos entenderam isso como já um corte nos juros na próxima reunião do Fed, em setembro.
Os contratos do S&P 500 e do Nasdaq 100 subiam 0,2% e 0,1%, respectivamente, depois que ambos registraram ganhos de mais de 1% na sexta-feira. O discurso de Powell em Jackson Hole praticamente sacramentou um corte na taxa de juros no mês que vem, mas o debate mudou para o tamanho do corte e o que isso diria sobre o estado da economia, de acordo com a Bloomberg.
Os traders aumentaram as apostas em meio ponto para cortes nas taxas em setembro — mas uma redução dessa magnitude pode sinalizar que a economia está caminhando para um pouso forçado, moderando a demanda por ações.
Os temores de uma escalada de conflitos no Oriente Médio levaram a algumas compras de segurança após um ataque israelense a alvos do Hezbollah no sul do Líbano. O petróleo bruto subiu mais de 2%. O iene subiu pelo segundo dia para seu nível mais forte desde janeiro.
Em Frankfurt, o índice DAX caía 0,2%. Na França, o CAC tinha resultado positivo em 0,48%. O índice Stoxx Europe 600 teve pouca alteração, com volumes de negociação abaixo da metade da média, já que os mercados do Reino Unido estão fechados para um feriado.
A perspectiva para a economia da Alemanha se manteve em seu nível mais baixo desde fevereiro — destacando a melancolia mais uma vez envolvendo a maior economia da Europa após uma recuperação no início do ano fracassar. Um sinal que pode animar os investidores é que o BCE sinalizou outra redução nos juros em setembro - houve outro corte em junho.
Na Ásia, Xangai fechou estável. Em Hong Kong o ganho foi de 1%. Já o Nikkei, no Japão, caiu 0,66% nesta segunda-feira.
Já o Banco Popular da China deixou a taxa de empréstimos de um ano, ou a linha de crédito de médio prazo, em 2,3% após cortar a taxa em 20 pontos-base em julho. A decisão ressalta a abordagem cautelosa de Pequim em apoiar a economia, mesmo com o país relatando uma rara contração nos empréstimos bancários em meio à fraca demanda, de acordo com a Bloomberg