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IRB (IRBR3) sobe mais de 10% e lidera altas do Ibovespa; entenda o que está acontecendo

Resseguradora divulgou resultados de novembro e animou os investidores — e o Santander elevou sua recomendação

Por volta das 13h, os papéis do IRB (IRBR3) subiam 9,65%, cotados a R$ 41,48 (IRB Brasil/Divulgação)

Por volta das 13h, os papéis do IRB (IRBR3) subiam 9,65%, cotados a R$ 41,48 (IRB Brasil/Divulgação)

Janize Colaço
Janize Colaço

Repórter de Invest

Publicado em 23 de janeiro de 2024 às 12h59.

Última atualização em 23 de janeiro de 2024 às 14h10.

As ações do IRB (IRBR3) lideram as altas do Ibovespa desta terça-feira, 23. Na véspera, a resseguradora divulgou seus resultados de novembro, cuja reversão de um prejuízo para o lucro deu gás aos investidores no pregão de hoje. Por volta das 13h, os papéis IRBR3 subiam 10,15%, cotados a R$ 41,67.

De acordo com o relatório periódico mensal, enviado à Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), em novembro a companhia contabilizou um lucro líquido de R$ 24 milhões. Um ano antes, houve um prejuízo de R$ 48,5 milhões. No acumulado dos 11 meses de 2023, o IRB obteve R$ 110,1 milhões, frente a um prejuízo de R$ 633,7 milhões na comparação com o ano anterior.

Santander eleva IRB (IRBR3) para neutro

O Santander está entre os otimistas com o IRB. Em relatório divulgado nesta terça, os analistas do banco espanhol dizem esperar que 2024 seja um ano melhor para a resseguradora, refletindo os resultados de seu processo de recuperação. “Embora acreditemos que a companhia ainda não tenha atingido seu potencial máximo, os ganhos devem melhorar substancialmente.”

Eles preveem um lucro líquido de R$328 milhões (+153% em relação ao ano anterior), equivalente a um retorno sobre patrimônio médio (ROAE) de 8%. Essas projeções, somadas às mudanças no IRB ao longo de 2023, os levaram a introduzir um preço-alvo de R$46 para o fim deste ano fiscal, além de elevar a recomendação da ação para neutro. “Estamos mais otimistas sobre a lucratividade do IRB, pois a empresa parece estar no caminho certo para proporcionar uma expansão significativa dos lucros por ação (EPS) nos próximos anos.”

BTG é mais cauteloso

Mas nem todos estão tão otimistas com os números reportados pelo IRB. O BTG Pactual (mesmo grupo controlador da EXAME) pontua que a melhoria mensal decorreu principalmente de resultados de subscrição mais fortes, enquanto a receita de investimentos diminuiu e a taxa de imposto aumentou.

“O IRB vem encolhendo, o que é prejudicial para os números de subscrição (principalmente diluição de custos) e prejudica sua capacidade de gerar/reinvestir prêmios e produzir resultados financeiros”, dizem os analistas. Além disso, eles destacam que o balanço da resseguradora melhorou em termos de capital e provisões técnicas, mas também graças a uma menor receita. O banco reiterou a sua recomendação de venda para as ações do IRB, com preço-alvo a R$ 38,5.

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