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Ibovespa hoje: bolsa fecha em alta com estatais e ações 'kit Lula'

Yduqs liderou ganhos do dia com alta de 11%; Vale ficou na ponta oposta com queda do minério de ferro

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 27 de outubro de 2022 às 10h31.

Última atualização em 27 de outubro de 2022 às 18h16.

Após três pregões consecutivos de queda, o Ibovespa subiu nesta quinta-feira, 27, buscando recuperação a duas sessões do segundo turno das eleições presidenciais. O cenário eleitoral continuou nos holofotes, especialmente no final do pregão com a divulgação de carta aberta do candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva. Após a publicação, que promete combinar responsabilidade fiscal e social, o índice bateu a máxima de 116.236 pontos. 

O resultado final do Ibovespa foi de alta de 1,66%, aos 114.640 pontos. Mesmo com a alta de hoje, o índice ainda acumula perdas de 4,4% na semana.

O destaque do dia ficou com as ações ‘kit Lula’. Investidores aumentam as apostas em empresas que supostamente seriam beneficiadas por um eventual governo de Lula, como as de educação.

"Empresas de educação tendem a ser favorecidas em um eventual governo Lula [que prometeu fortalecer o programa de financiamento estudantil Fies]. Praticamente todas as empresas listadas do setor atendem o Fies, mas ainda teria que ver se haveria mudança de regra ou algo do tipo", avalia Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.

Leia mais: Lula x Bolsonaro: quais ações mais se beneficiam da vitória de cada candidato

Também subiram empresas relacionadas a consumo, como Magazine Luiza e Soma. "O mercado está projetando alguns cenários. Consumo de massa e educacionais seriam favorecidos por um governo Lula", disse Régis Chinchila, analista da Terra.

  • Magazine Luiza (MGLU3): + 11,14%
  • Soma (SOMA3): + 6,71%

Empresas do setor também foram favorecidas pela última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que decidiu, na véspera, manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano.

Leia mais: Copom ‘hawkish’? BC reforça mensagem em nova decisão, diz Rio Bravo

Estatais voltam a subir

Parte da influência positiva no Ibovespa veio das ações das estatais Petrobras e Banco do Brasil, que têm grande participação na bolsa. Os papéis voltaram a subir após duras perdas no início da semana com investidores de olho no resultado do pleito. 

As ações haviam disparado na semana passada com o otimismo de uma virada do atual presidente Jair Bolsonaro. O cenário perdeu força nos últimos dias, com a estabilização do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à frente nas pesquisas

  • Banco do Brasil (BBAS3): + 1,26%
  • Petrobras (PETR4): + 0,76%
  • Petrobras (PETR3): + 0,30%

O setor bancário também se recuperou depois de uma derrocada na véspera e ajudou a impulsionar a bolsa. Os papéis haviam desabado com o resultado negativo do Santander, o primeiro dos grandes bancos a divulgar seu balanço do terceiro trimestre.

O lucro do Santander caiu 28% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 3,122 bilhões.

Leia mais: Santander: entenda por que o mercado não gostou do balanço do 3º tri

Aéreas nas alturas após balanço da GOL 

As ações de companhias aéreas também ficaram entre as maiores altas do pregão, com investidores digerindo o resultado da GOL. A companhia reduziu seu prejuízo líquido em 39% no terceiro trimestre para R$ 1,55 bilhão.

"A empresa observou fortes reservas e recuperação contínua em viagens corporativas no quarto trimestre", ressaltaram em relatório analistas do Goldman Sachs, com recomendação de compra para a ação. 

A Azul, com balanço previsto só para o dia 10 de novembro, subiu em meio a expectativa de que também apresente bons números para o trimestre.

Leia mais: GOL (GOLL4) consegue receita recorde no 3º tri e prejuízo fica 39% menor

Vale desaba com minério de ferro

As ações da Vale, por outro lado, desabaram nesta quinta antes da divulgação de seu balanço após o fechamento de mercado.

A desvalorização acompanhou a queda do minério de ferro na China. A commodity fechou nesta madrugada no pior patamar em oito semanas, segundo a Reuters, tendo como pano de fundo os dados mais fracos da indústria chinesa, que fechou setembro com queda de lucro de 2,3%. 

A expectativa dos investidores é que o cenário macroeconômico prejudique o balanço da mineradora.

Leia mais: O que esperar da Vale no 3º tri em meio à turbulência na China

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