. (Germano Lüders/Exame)
Redação Exame
Publicado em 26 de novembro de 2025 às 10h31.
Última atualização em 26 de novembro de 2025 às 16h56.
A Bolsa de Valores opera em forte alta nas negociações desta quarta-feira, 26. Às 16h51, o Ibovespa, principal índice acionário da B3, subia perto de 1,80%, batendo a máxima do dia em 158.690 pontos, depois de ficar estacionado nos 155 mil pontos nas últimas quatro sessões.
O índice é impulsionado pelas ações de grandes empresas, as chamadas blues chips. Os grandes bancos começaram a sessão com altas, assim como a Vale.
No mesmo horário, o dólar recuava 0,81%, na mínima a R$ 5,333, depois de rondar a estabilidade ao longo do dia.
Os investidores digerem dados do IPCA-15 de novembro divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A prévia da inflação fechou novembro em 0,20%, após avançar 0,18% no mês passado.
O resultado ficou um pouco acima do esperado e mostrou uma aceleração em serviços subjacentes e na média dos núcleos, setores críticos para a política monetária. Por outro lado, o IPCA-15 voltou a ficar dentro do teto da meta da inflação perseguida pelo Banco Central pela primeira vez desde janeiro, com alta acumulada de 4,50% nos últimos 12 meses.
Mesmo a pressão em serviços foi atenuada por nova surpresa baixista nos preços dos alimentos, na avaliação do Daycoval. Segundo a instituição, a queda no núcleo reforça o viés de baixa para inflação deste ano.
Além disso, "o resultado não altera nossa expectativa de que a taxa Selic permaneça em 15% até o fim de 2025. Por ora, nossa projeção para inflação em 2025 é 4,5% e, em 2026, de 4,1%", disse o banco.
Os agentes também repercutem os pedidos iniciais de seguro-desemprego nos Estados Unidos, que somaram 216 mil na semana encerrada no dia 22 de novembro, de acordo com o Departamento do Trabalho do país. O total de pedidos ficou abaixo do consenso dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que apontava para 225 mil novos pedidos.
Ao longo do dia, o mercado também acompanha a divulgação do Livro Bege, realizada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).
O Ibovespa, inclusive, acompanha a alta dos principais índices de Nova York que ampliaram a alta da abertura na véspera do feriado do Dia de Ação de Graças. O Dow Jones subia 0,86%, seguido pelo S&P 500, que ganhava 0,94%.
O crescimento é ainda maior no Nasdaq, que avançava 1,10% diante da intensificação das apostas de um corte de juros nos EUA de 0,25 ponto percentual que impulsiona o apetite ao risco.
A perspectiva de um novo corte na taxa de juros dos EUA também segue no radar do mercado global. O otimismo com a flexibilização da política monetária leva em conta os novos dados econômicos divulgado nesta terça, 25, que sugeriram uma certa fraqueza da economia americana.
A possibilidade de um corte impulsionou especialmente os principais índices de Nova York, que avançaram ainda mais do que o brasileiro na última sessão e hoje também levaram a uma alta nas bolsas asiáticas.
O Nikkei 225, do Japão, encerrou o dia com alta de 1,8%, com avanço das principais exportadoras e das ações de tecnologia. Na Coreia do Sul, o Kospi também subiu 2,7%, assim como o Taiex de Taiwan, que avançou 1,9%.
Apenas na China os resultados foram mistos. O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 0,1%. Enquanto o Xangai Composto recuou 0,15%, e o Shenzhen Composto subiu 0,3%. O índice S&P/ASX 200 da Austrália fechou com alta de 0,8%, e o S&P/NZX 50, da Nova Zelândia, avançou 0,6%.
As bolsas europeias operam em alta nesta quarta-feira (26) de olho também no orçamento de outono no Reino Unido e nas negociações de um acordo de paz na Ucrânia. Por volta das 10h47, o índice pan-europeu Stoxx 600 operava em alta de 0,82%.
No mesmo horário, o FTSE 100, do Reino Unido, ganhava 0,58%. O CAC 40, da França, subiu 0,30% e o DAX, da Alemanha, tinha ganho de 0,61%.